6 Oct 2020
Empresária Luiza Helena Trajano fala de trainee para negros: 'Chorei ao entender racismo estrutural'

"Temos que entender mais o que é racismo estrutural. O dia que entendi até chorei, porque sempre achei que não era racista até entender o racismo estrutural", continuou a empresária.
Ela diz que cobrava para que houvesse mais pessoas negras nas seleções, mas quando se tratava de cargos altos, tinha pouco retorno. "Como podemos colocar mais negros se eles não aparecem? O ponto de partida já é desigual", avaliou, notando que a desigualdade racial é sentida desde a educação básica.
"O Brasil teve uma escravidão de 350 anos, a maioria é de negros, a maioria na periferia. Essa é a real, então não entram naquilo (processo)", considerou.
Ela afirmou que a empresa não resolveu fazer esse trainee por "oba oba" e que esse programa foi analisado por um comitê interno antes de ser concretizado. A ideia é oferecer 20 vagas em todo país. Para tornar mais acessível, algumas obrigatoriedades, como de falar inglês, não serão exigidas. "O inglês não precisa ter, depois eles vão ter curso para aprender", explicou.
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