Em série da Apple TV+, Wagner Moura fala sobre insistência em falar português e novos projetos

José Mion é jornalista, assessor de imprensa, apaixonado por Gastronomia e escreve para o Alô Alô Bahia.

Firme em seu plano de buscar em produções internacionais papéis que fujam do clichê latino, Wagner Moura estreia, no próximo dia 29 de abril, na Apple TV+, a série "Iluminadas" (Shining Girls), ao lado de Elizabeth Moss, conhecida, entre outros, pelo papel em “The Handmaid’s Tale” (O Conto da Aia). Na produção, o ator baiano insistiu para falar português e foi um dos primeiros debates que teve com a produtora Silka Luisa, que preferia manter as raízes porto-riquenhas do livro que inspirou a produção.
 
“Achei que era mais orgânico. E também porque eu queria falar português numa série americana", brincou Moura, em entrevista ao Segundo Caderno, do jornal O Globo. O artista interpreta Dan Velazquez, um jornalista com suas questões, como qualquer ser humano. "Não é um personagem que reproduz o estereótipo da violência, do tráfico. Poderia ter sido feito por um ator branco americano", segue.
 
Ainda assim, um brasileiro acabou sendo escolhido para o papel, e, mesmo a contragosto da produtora, ele conseguiu o que queria. "Ele dizia: 'Me deixa falar português, manter o meu sotaque'. No fim das contas, tinha toda a razão", disse Silka, também em entrevista à repórter Talita Duvanel.
 
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Certeiro na sugestão, “Wag”, como é chamado pelos colegas nos bastidores, parece ter acertado em cheio também no papel. “Quando acabou a reunião, falamos: ‘Não podemos perdê-lo. Temos de fechar com ele imediatamente”, disse Elizabeth Moss, que também é produtora executiva da série e com quem o ator criou uma relação de amizade.
 
A relação de confiança e admiração chegou também à diretora Michelle MacLaen, que não poupou elogios ao baiano: "ele está brilhante no terceiro episódio. Quero dizer, está ótimo em todos, mas esse me deixou de queixo caído", adiantou ela.
 
Wagner segue nos Estados Unidos, onde filma “um roteiro incrível, chocante” do diretor Alex Garland, conhecido pelas ficções científicas “Ex-Machina” (2014) e “Aniquilação” (2018). Segundo O Globo, o filme tem no elenco a atriz Kirsten Dunst, mas a trama e previsão de lançamento são mantidos em segredo. Além deste projeto, o ator estará em “O Gato de Botas 2” (como dublador, ao lado de Antonio Banderas e Salma Hayek) e “The Gray Man”, da Netflix, com Ryan Gosling e Chris Evans.
 
Sobre voltar ao Brasil, Moura disse que está nos planos e que, após a finalização desses projetos, pretende conhecer a Amazônia com os filhos e atuar no cinema nacional de novo. Um projeto com Kleber Mendonça Filho já estaria no radar. “Acho que o mercado quer as séries, é um produto mais rentável financeiramente. Mas eu gosto muito é de fazer cinema”, confessou.
 
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