Dois pontos sobre o carnaval: não vai acabar e o calor dos blocos

Há muitas explicações e muitas justificativas para amar o carnaval de Salvador. Para nós bastam algumas. Somos pouco exigentes – viver já é um grande privilégio. Mas, nessa ciranda de festejos dois pontos merecem nota: gente que agrada pela beleza e pela meiguice, desagrada completamente pela burrice. É profundamente entediante a repetição continuada da mesma retórica que o carnaval está acabando, que os patrocínios estão sumindo e que os camarotes vão deixar de existir. O interlocutor que dispara isso, destilando o fel amargo da vida já passada (mal passada), desatina seus tenebrosos vaticínios para 135 amigos como se estivesse falando com multidões. Perversidade, ignorância e, por fim, falta de vergonha na cara são o tripé dessa intransigência que, a despeito de quase pragmatismo nenhum, sempre tem um propósito. E seu propósito é de inibir através de suas amarguras.

O outro ponto? Diversos blocos incendiaram o percurso.  O calor (com mais um pouquinho de álcool) liberou a libido das almas sedentas por se perderem. E liberou mesmo. Algumas pessoas protagonizavam cenas tão quentes que quem passasse perto, seria imediatamente incorporado ao mexido humano. Uma coisa! Resolvemos nos guardar, mas soubemos de todas as nuances – inclusive, as não publicáveis. Enfim, o que é de gosto, regalo da vida...

Inteligência, sensatez e equilíbrio sempre foram imprescindíveis para fazer qualquer coisa, até mesmo - e principalmente - para pular uma festa tão múltipla como a nossa folia momesca.  Partiu massagem!
 
Foto: Reprodução. 

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