Documentário conta a história de luta da comunidade Guerreira Zeferina

Periperi, Salvador, Bahia. De 1826 a 2019. A vida da Guerreira Zeferina, contada em imagens e relatos, se mistura à história de superação de quatro mulheres que viveram na antiga Cidade de Plástico, hoje moradoras do conjunto habitacional que leva o nome da líder quilombola que lutou pela liberdade no Subúrbio Ferroviário no século XIX. Esse é o enredo do documentário “Zeferinas – Guerreiras da Vida”, que será lançado na segunda-feira (13) na internet, no site zeferinas.com.br, e também em uma sessão especial para convidados no Espaço Glauber Rocha, na Praça Castro Alves, às 18h.
 
O filme, que é uma realização da Prefeitura com produção da agência Propeg, foi dirigido por Márcio Cavalcanti ("Sou Carnaval" e "Bahia, Minha Vida"). Com quase 25 minutos de duração, a obra faz um paralelo entre as guerreiras do tempo presente, que têm uma história de superação, com a heroína do passado, que é a inspiração para o nome da comunidade que teve a face transformada pela construção do conjunto habitacional pelo município, a partir de 2018.
 
Com entrevistas emocionantes e reveladoras, além de imagens fortes da antiga Cidade de Plástico e da paisagem que compõe a realidade atual das "zeferinas", o documentário resgata esse elo, mostrando os maiores conflitos da trajetória de cada “guerreira” que habita o local, que fica às margens da linha férrea. 
 
“Quando pintou a ideia de fazer um documentário sobre aquela história tão forte, eu parei para pensar sobre aquele lugar que já conhecia. Então, busquei entender mais e achar um recorte para contar aquela história de superação que ocorreu graças à intervenção da Prefeitura”, conta Márcio Cavalcante.
 
Trajetória - O pontapé inicial da obra foi fazer o resgate da trajetória da guerreira Zeferina de 1826, intercalando com a história das mulheres lutadoras da atualidade. “Nossas atrizes são quatro mulheres que fizeram parte daquela ocupação, que sobreviveram a todas as dificuldades daquele lugar e têm uma vida de superação. Fizemos esse paralelo histórico com a guerreira lutadora do passado. Disso, surgiu o nome do filme”, explica o diretor.
 
As gravações duraram dez dias, sendo nove na comunidade e um para filmagens de reconstituição histórica no Parque São Bartolomeu. Além dos depoimentos, o filme relembra os 14 anos de existência da Cidade de Plástico – referência à lona que servia de teto para os barracos feitos de madeirite. 
 
O passado que não é esquecido por muitos moradores é relembrado em algumas passagens do documentário. Segundo Márcio Cavalcanti, conhecer de perto a comunidade foi fundamental para o resultado. “Nossa produção passou 15 dias no local. Conhecemos todo mundo, conversamos com as pessoas e escolhemos quatro guerreiras com histórias bem marcantes”, disse.
Foto: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.
  

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