Dia do Escritor: veja baianos que estão fazendo sucesso e quais são suas principais obras

O dia 25 de julho foi escolhido pelo ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido, em 1960, para ser o Dia Nacional do Escritor, com o objetivo de homenagear escritores brasileiros e marcar uma data de valorização e incentivo da literatura. A data remete ao primeiro Festival do Escritor Brasileiro, realizado em 25 de julho daquele ano pela União Brasileira de Escritores (UBE), cujo vice-presidente era o baiano Jorge Amado.

Você, com certeza, já ouviu falar de Jorge, além de outros nomes baianos consagrados na área, como João Ubaldo Ribeiro, Luís Gama, Gregório de Matos e Castro Alves. Mas será que conhece escritores que fazem sucesso na atualidade? O Alô Alô Bahia separou alguns nomes. Confira:

Itamar Vieira Júnior - @itamarvieirajr
 
HQiP3S2.md.jpg
Itamar nasceu em Salvador, se formou em Geografia e fez doutorado em Estudos Étnicos e Africanos, com foco na formação de comunidades quilombolas no interior do Nordeste. Ele é conhecido por ser autor de "Torto Arado", lançado em 2018, que aborda o universo rural brasileiro, juntamente com questões como opressão social, escravidão, patriarcado e feminismo. O romance conquistou em Portugal o prestigioso Prêmio LeYa, além do Prêmio Jabuti de 2020. Ainda em 2023, o escritor vai lançar "Salvar o Fogo", que se passa em um povoado de marisqueiras no Recôncavo Baiano. Segundo o autor, o novo livro é a segunda parte de uma trilogia, que ele chama de "A Trilogia da Terra".

Carla Akotirene - @carlaakotirene
 
HQiPnou.md.webp
Nascida em Salvador, Akotirene é assistente social e doutora em estudos feministas, conhecida por defender um feminismo plural, que também se relacione com questões de raça. Ela é autora dos livros “O que é interseccionalidade?”, pela Coleção Feminismos Plurais, coordenada por Djamila Ribeiro, e “Ó Paí Prezada! Racismo e sexismo tomando bonde nas penitenciárias femininas de Salvador”. Akotirene também é idealizadora da Opará Saberes, primeiro curso de extensão voltado à capacitação de candidaturas negras ao mestrado e doutorado em universidades públicas. Em 2018, foi uma das especialistas convidadas pela ONU Mulheres para falar sobre sua visão como especialista negra sobre temas como violência contra as mulheres negras e racismo. 

Bárbara Carine - @uma_intelectual_diferentona
 
HQiPxPj.md.jpg
Assim como Akotirene, Bárbara, que também nasceu em Salvador, tem forte conexão com o universo acadêmico e com a luta antirracista. Graduada em Química e Filosofia, atualmente é professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e desenvolve pesquisas em temas como a formação de professoras e professores na perspectiva crítico-decolonial e a diversidade no ensino de ciências. Conhecida no Instagram como “uma intelectual diferentona”, é autora de livros como "@Descolonizando_Saberes: mulheres negras na ciência", "História preta das coisas: 50 invenções científico-tecnológicas de pessoas negras" e “Como ser um educador antirracista”. Bárbara também é sócia-fundadora da Escola Maria Felipa, a primeira afro-brasileira do país.

Edgard Abbehusen - @edgardabbehusen
 
HQiP0iJ.md.jpg
Nascido em Muritiba, no Recôncavo Baiano, o jornalista Edgard Abbehusen é um sucesso nas redes sociais, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram. Foi por lá que ele começou seu caminho na literatura. Edgard publicava textos, frases e crônicas que escrevia e foi ficando conhecido. Em 2017, publicou a obra “Quem tem como me amar não me perde em nada”, em 2019, “O que tiver de ser, amar” e, em 2020, já seu terceiro: “Acredite na sua Capacidade de Superar”, cujo próprio nome já revela que trata dos processos de superação de sofrimentos. O escritor baiano também assina aos domingos uma coluna digital no jornal Correio (BA).

Matheus Rocha  - @matheusrocha
 
HQiPEKv.jpg
Matheus Rocha hoje mora em São Paulo, mas nasceu em Feira de Santana. Formado em Jornalismo assim como Edgar, hoje ele é poeta e cronista e autor de seis livros, entre eles “No meio do caminho tinha um amor” (2016), “Muito amor, por favor” (2016), “Pressa de ser feliz” (2018) e “Não me julgue pela capa” (2019). Desde pequeno, escrevia poemas e textos que narravam seu cotidiano. Em 2012, Matheus reuniu seus textos em um site chamado “Neologismo”, depois migrou para o Facebook, em seguida, para o Instagram e para o Twitter. Com mais de 600 mil seguidores apenas no Instagram, Matheus Rocha aborda temas da vida como amor, amizade, sonhos, ansiedade e depressão. 

Allê Barbosa - @allebarbosza
 
HQiPRHB.md.jpg
Natural de Ipiaú, no Sul da Bahia, Allê é produtor musical e compositor, além de escritor. O baiano possui livros sobre o universo feminino, como “Quando você for sua, talvez nem queira ser de mais ninguém” e “Apagou contato, excluiu do Facebook, bloqueou no Instagram e deu de cara com ele na fila no pão”. As obras abordam, de forma bem-humorada, temas como amor, sexo, viagem, amizade e autoestima. Ele também publica frases e textos em seu perfil no Instagram, que possui mais de 300 mil seguidores.
 
Adriel Bispo - @livrosdodrii
 
HQiPWHN.md.jpg
Aos 15 anos, Adriel Bispo vai lançar seu primeiro livro, “Voando entre sonhos”, no dia 7 de agosto. A trajetória do protagonista Ruan foi inspirada no próprio Adriel. No livro de ficção, há três personagens: além do garoto, aparecem a mãe dele e o fantasma Saul. Esse último é inspirado em sua avó paterna, que faleceu e era uma das que torcia para que o pequeno virasse um escritor. Adriel ficou conhecido por sua paixão pela leitura e viralizou na internet com seus comentários e avaliações dos livros que lia. Hoje, Adriel tem um acervo de mais de três mil livros em sua biblioteca. 

Hugo Canuto - @hugocanuto_art
 
HQiPXRI.md.jpg
Natural de Salvador, Hugo se graduou em Arquitetura, mas atua como quadrinista e ilustrador. Foi assim que ele ficou conhecido. Em 2015, lançou no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, a HQ “A Canção de Mayrube – O Início”, inspirada nas mitologias dos Povos da América. Em 2016, resolveu homenagear os 99 anos do quadrinista americano Jack Kirby com uma arte protagonizada por orixás da mitologia iorubá, inspirado na capa de Avengers #4, ilustrada por Kirby e publicada pela Marvel Comics em 1966. Logo depois, ele ainda recriou uma capa do Poderoso Thor protagonizada por Xangô. Após a repercussão, resolveu criar um projeto de financiamento coletivo no Catarse de uma graphic novel sobre os orixás inspirada nos quadrinhos da Marvel, intitulada “Contos dos Orixás”. Em 2020, o romance se tornou finalista do Prêmio Jabuti, na categoria Histórias em Quadrinhos.

Fotos: Reprodução e Affonso Fontoura/Divulgação (Itamar Vieira Júnior)

Leia mais notícias na aba Notas. Acompanhe o Alô Alô Bahia no TikTok. Siga o Alô Alô Bahia no Google News e receba alertas de seus assuntos favoritos. Siga o Insta @sitealoalobahia, o Twitter @AloAlo_Bahia e o Threads @sitealoalobahia. 

NOTAS RECENTES

TRENDS

As mais lidas dos últimos 7 dias