Dia das Mães: Paula Frank promove reality durante pandemia e distribui 13 toneladas de alimentos

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Desde criança, Paula Frank foi uma criança curiosa, proativa. Começou a trabalhar aos 16 anos, já decidida a empreender, e nunca mais parou. Mais do que estar atenta às oportunidades de negócios, ela é uma criadora de tendências. Foi dela a ideia de trazer para a Bahia, há dez anos, o conceito de troca de bolsas de grifes – change to change -, embrião do seu bem-sucedido All Mine, lançado quatro anos depois. “No início fui muito criticada, mas ajudei a criar uma nova cultura, do uso inteligente de um bem que normalmente ficaria parado”, explica.

A sacada do negócio veio do olhar atento da empresária para o aumento da demanda de clientes pelo empréstimo de bolsas “poderosas” para ocasiões pontuais. “Não valia a pena para elas investir em algo caro para usar uma única vez. Hoje, com o clube, elas pagam R$ 495 por mês e recebem uma bolsa diferente a cada 15 dias, por cinco dias. Ninguém sabe que modelo vai ter em mãos como uma forma de ter novas experiências, se abrir para o novo”, conta. A ideia deu tão certo, que Paula acaba de lançar o serviço em São Paulo e no Rio de Janeiro, além de abrir mais 100 vagas para o clube em Salvador.

Além do clube, a empresária tem uma loja de bolsas grifadas no formato change to change nos shoppings Barra e da Bahia, um e-commerce, a representação exclusiva da norte-americana Coach na Bahia e uma linha própria acessórios que leva seu nome, criados muitas vezes em collabs com marcas brasileiras, como a Saad, além das pop-up stores de Verão (a última funcionou em Trancoso, este ano). 

Todos esses negócios vão bem, mesmo durante a pandemia, mas algo começou a incomodar Paula.  A empresária começou a ouvir relatos e receber pedidos de ajuda tanto de gente próxima como de anônimos. “Eu, graças a Deus, consegui manter minha marca institucionalmente forte, meu quadro de funcionários foi mantido, mas vi muitas pessoas pedindo alimentos, gente sendo demitida, amigos fechando suas empresas e eu tinha que fazer alguma coisa”, conta.

Foi aí que veio uma ideia singular: “Chamei minha equipe e criamos um reality. Chamei não só influencers como gente que não é influenciador digital profissional, mas que inspiram de várias formas. Criamos as provas e um meta para quem vencesse, que era arrecadar uma tonelada de alimento. Nós, da Paula Frank, doaríamos mais duas toneladas. Mas o negócio tomou uma proporção tão grande que chegamos à 13 mil quilos de alimentos não-perecíveis”, revela. Junto com Simone Pires, a campeã do Reality Fashion, a marca doou o arrecadado ao projeto Seja Semente, que realiza ocupações solidárias levando alimentos e outras ajudas à comunidades mais carentes.

Além de ajudar com alimentos, o reality proporcionou entretenimento para quem estava em casa triste e ajudou a divulgar o trabalho de muita gente. “Além dos influencers, envolvemos gente da música, ambulantes, marcas, muita gente que estava mais fragilizado economicamente com a pandemia. Todo mundo ficou muito feliz”, relata Paula. Acredito que quando paramos de olhar para nosso umbigo e enxergamos a urgência do próximo, Deus nos retribui com uma com graça abundante. Com isso, temos conseguido alcançar nossos objetivos como empresa, unidos e fortes”.

Se nos negócios, a empresária consegue ser “mãe” de tanta gente, em casa suas atenções são todas voltadas para Sara, sua filha de 12 anos.  “Ela é uma mini Paula Frank. Muito aguerrida, forte, independente”, elogia a pequena, na qual busca força, inspiração e disciplina para ser o melhor exemplo. “Sara me impulsiona, mas me freia também, no sentido de que eu seja ousada nos projetos, mas que faça tudo com responsabilidade. Mesmo nos momentos difíceis da pandemia, foi por ela que enfrentei tudo e consegui ser mais forte do que minha própria tristeza”.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

Foto: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.

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