Dia da Chapada Diamantina: conheça as principais cidades e vilas que formam a região no coração da Bahia

Kirk Moreno é jornalista, assessor de imprensa e escreve para o Alô Alô Bahia. Insta: @kkmoreno.

Dia 11 de abril é celebrado o Dia da Chapada Diamantina, região no coração da Bahia que possui um parque nacional que conserva 152 mil hectares com centenas de quedas d'água, sítios arqueológicos e uma geologia suntuosa. A beleza cênica do lugar agrada nativos e turistas. Não é à toa que o destino conquistou pela segunda vez o Prêmio Melhor Destino do Brasil, promovido por um site homônimo de turismo. O prêmio avaliou critérios como custo-benefício, atrativos, simpatia, gastronomia e segurança - que recebeu a excelente nota de 9,26.

“A Chapada Diamantina é um território que possui uma vasta formação geológica e uma biodiversidade incrível. A riqueza dos biomas que temos aqui é impressionante. Isso tudo se alia ao patrimônio arquitetônico das cidades, as histórias, as aventuras, as riquezas imateriais, aos muitos mistérios que cercam o nosso lugar. Está claro para todo mundo a necessidade de preservar este lugar, de chamar a atenção de tudo e todos a respeito da grandiosidade e do santuário ecológico que a Chapada Diamantina é. Muito mais que um destino turístico, aqui é um berço de um patrimônio natural e cultural muito grande”, ressalta Margareth Resende, mais conhecida como Branca, que mora na região há 23 anos e é diretora dos canais impresso e online do Guia de Viagem Chapada Diamantina.
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Devido à dimensão do território da região - são dezenas de municípios, com quase 40 mil km² - e às grandes distâncias existentes entre os principais atrativos naturais e as cidades turísticas, o Alô Alô Bahia, com ajuda do Guia da Chapada Diamantina, separou algumas informações para você programar sua viagem com atenção especial. Adiantamos logo: o território é grande e com muitos atrativos. Por isso, destacamos alguns. Confira:

Lençóis
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Lençóis é considerado o portal da Chapada Diamantina. Isso porque o local possui uma excelente infraestrutura hoteleira, com mais de dois mil leitos, restaurantes de alto nível e voos regulares. Ao longo dos anos, o município vem ganhando ares cosmopolitas, com residentes dos quatro cantos do mundo.

Os principais atrativos são: os casarios do século XIX, a história e cultural herdada do garimpo, a Serra do Sincorá e os atrativos naturais de fácil acesso em todo o seu entorno. Em 2019, a cidade foi eleita o melhor destino turístico nacional, segundo uma pesquisa online feita com mais de 25 mil pessoas.

A cidade também concentra o maior número de agências de turismo, que organizam passeios por toda a Chapada Diamantina. Na agenda cultural do destino destacamos: o São João e o Festival de Lençóis.
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Vale do Capão
A pequena vila do município de Palmeiras é outro destino aclamado na Chapada Diamantina. Sua natureza preservada atraiu, nas últimas décadas, milhares de pessoas interessadas no desenvolvimento de uma cultura alternativa e ecológica. O povoado concentra, médicos naturalistas, massagistas, praticantes de xamanismo, artistas diversos e moradores locais conhecedores de plantas para fins medicinais e culinários.

O Capão atrai visitantes de todas as partes do mundo, todo o ano, para longas e pequenas temporadas. Além dos tradicionais passeios de ecoturismo que o local oferece, é possível provar deliciosas receitas locais, como o pastel de palmito de jaca e a pizza integral, além de opções para vegetarianos e veganos.

De lá há acesso para alguns dos lugares mais famosos da Chapada Diamantina, como o Vale do Pati, a Cachoeira da Fumaça e o Morrão. Entre os eventos culturais que mais chamam a atenção estão: o Festival de Jazz, que reúne shows de artistas consagrados da música instrumental.

Andaraí
Abundante em atrativos, o município fica na região central do Parque Nacional. O centro histórico da cidade é marcado pelo casario do século XIX preservado. Andaraí possui muitos cursos d'água, incluindo quatro das dez maiores cachoeiras da região: Cristais, com 110 metros, Herculano e Samuel, com 100 metros, e Ramalho, que tem 90 metros.

A localização de Andaraí é estratégica e dá acesso a diversos atrativos naturais do entorno, como Mucugê, Ibicoara, Nova Redenção e Itaetê. Ainda dentro do município, há destaque para o povoado de Igatu - que é uma excelente pedida para o São João -, o Pantanal Marimbus, as piscinas do Rio Roncador, além das diversas cachoeiras e grutas.
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Ibicoara
Cercada por serras e cachoeiras, Ibicioara está localizada no sul do Parque Nacional e a 1.100 metros de altitude. O município vem ganhando espaço no turismo nacional, com destaque para o Parque Natural Municipal do Espalhado, uma Unidade de Conservação a 30 km da sede e que abriga a famosa e majestosa Cachoeira do Buracão.

Do município se tem acesso também a Cachoeira da Fumacinha, que pertence à Mucugê. Especialmente para os adeptos de esportes de aventura, a dica é as cachoeiras do Licuri e do Rio Preto. Nesses pontos é possível praticar rapel, cascading, escalada e trekking.

Por lá também vale a pena conhecer a produção artesanal de cachaça. A cultura agrícola também é famosa no município, com destaque para o café orgânico e biodinâmico, internacionalmente reconhecido pela sua qualidade.

Igatu
Falamos desse charmoso povoado acima, mas ele vale um destaque especial. O local é distrito de Andaraí e está erguido em uma montanha rochosa que se abre para o vale do Rio Paraguaçu. Há dois acessos: pela BA 142, a 14,1 km de Andaraí e que passa por uma estrada de pedra, ou por Mucugê, que são 22,1 km e em uma estrada não pavimentada.

Com seis cachoeiras ao seu redor, Igatu tem banho de rio e visuais fantásticos. No esporte, o destino se destaca na prática de escalada e boulder. No calendário de eventos, chamamos atenção para o São João, São Sebastião e o Festival de Música de Igatu.

Mucugê
Mucugê tem seu conjunto arquitetônico e paisagístico, formado por casario colonial e construções que se mimetizam nas rochas, tombado pelo IPHAN e pelo IPAC nadécada de 1980. A cidade é erguida nas margens da Serra do Sincorá, está rodeada por montanhas e tem temperatura média de 19° C.
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​Uma das atrações mais acessíveis é o cemitério bizantino, às margens da BA 142 e composto por jazidas em forma de igreja, todas pintadas de branco, que remete ao estilo arquitetônico neogótico de meados do século XVIII.

A principal atração do município é o Parque Natural Municipal de Mucugê, onde estão localizados o Parque Sempre-Viva e o museu Vivo do Garimpo. Entre as atrações culturais estão os festejos de São João, os festivais de Chorinho e Vozes da Chapada, além da Feira Literária de Mucugê (Fligê).
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Morro do Chapéu
O município é recheado de atrações turísticas. Com tradição histórica, o município conta com duas filarmônicas: a Minerva, fundada em 1906, por Dias Coelho – o primeiro coronel negro da Bahia -, e a Lira Morrense, de 1984. Toda sua extensão é rica em belezas naturais: são cachoeiras, grutas, sítios históricos e arqueológicos de tirar o fôlego, além de clima com uma temperatura média anual de 20° C, chegando a 8 ° C graus em períodos de inverno, entre abril e agosto.

Lugar que tem formato de chapéu e dá nome ao município, o Morrão é o ponto mais elevado da região – com cerca de 1.300m de altitude. Para chegar lá, basta seguir pela rodovia BA-144. Da parte mais alta da rocha se tem uma magnífica e ampla vista de toda a região, com cataventos de algumas usinas eólicas que dão um charme a mais na paisagem. Um passeio rápido e imperdível. Se tiver um dia ensolarado, a dica é ir para assistir ao pôr do sol.
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Entre as cachoeiras, destacamos a do Ferro Doido, a mais próxima e de fácil acesso, que fica a cerca de 18 km do centro da cidade, a do Agreste, com duas quedas d’água, e a de Domingos Lopes. Ambas são quedas d’água do rio Jacuípe.

O município também é famoso por grutas, como a da Igrejinha, do Cristal e Boa Esperança. A mais famosa delas é a dos Brejões, que fica a cerca 163 km do centro da cidade, o que pode levar 2h30 de viagem. A caminhada é pesada e o acompanhamento de um guia local é indispensável. Ela é detentora da segunda maior boca de caverna do Brasil, com mais de 110m de altura e quase 8 km de extensão já mapeados. É um importante sítio paleontológico e arqueológico, além de ser bastante visitada por romeiros, por sua conotação religiosa.

Vila do Ventura
Se você for ao Morro do Chapéu, não deixe de ir à Vila do Ventura. O povoado reúne um patrimônio arquitetônico da época do garimpo, que hoje ilustram o apogeu e o declínio da atividade econômica na região. De lá, é possível conhecer, por exemplo, a Cachoeira do Ventura (6 km de caminhada), a Barriguda – lugar para banho que possui uma árvore com nome homônimo -, e as tocas da Figura e do Pepino, que pertencem ao sítio arqueológico Cidades das Pedras, uma área de grande afloramento de arenitos, com curiosas formas e um belo conjunto de pinturas rupestres. vila-do-ventura.png  Leia mais notícias na aba Notas. Acompanhe o Alô Alô Bahia no TikTok. Siga o Alô Alô Bahia no Google News e receba alertas de seus assuntos favoritos. Siga o Insta @sitealoalobahia e o Twitter @AloAlo_Bahia.

Fotos: Divulgação; Lucas Leawry/CORREIO; Reprodução/Instagram/ 
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