22 Jun 2023
Destroços são encontrados em área de busca por submarino, diz Guarda Costeira dos EUA

ATUALIZAÇÃO: Todos os passageiros do submarino morreram, confirma OceanGate
Segundo a Guarda Costeira, os destroços foram encontrados por uma das sondas que fazem as buscas perto de onde estão os restos do Titanic. "Um campo de destroços foi descoberto dentro da área de busca por um perto do Titanic. Especialistas do comando unificado estão avaliando as informações”, informou.
Viajam no submersível o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a companhia que opera o Titan, que cobra US$ 250.000 (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por turista.
A Guarda Costeira dos EUA vai dar uma coletiva de imprensa às 16 horas do Brasil para dar mais informações sobre os destroços descobertos pelo veículo operado remotamente perto do Titanic.
Segundo o coordenador das operações de resgate no Atlântico Norte, a Guarda Costeira mantinha a esperança de encontrar com vida os cinco ocupantes do submersível desaparecido, apesar do temido fim das reservas de oxigênio.
“Nós continuamos vendo casos particularmente complexos nos quais a vontade de viver das pessoas também deve ser levada em consideração”, disse o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira americana, e que coordena as operações, ao programa Today do canal NBC. “Então, nós continuamos procurando e com os esforços de resgate”, acrescentou.
Fim do oxigênio
A situação se tornou cada vez mais complicada para os passageiros do pequeno submersível de águas profundas Titan, da empresa privada OceanGate Expeditions. Com oxigênio de emergência para 96 horas, o prazo teria acabado às 11h08 GMT (8h08 de Brasília).
Na quarta-feira (21), a detecção de ruídos subaquáticos por aviões P-3 canadenses na área de busca aumentou as esperanças e orientou a equipe internacional de resgate marítimo enviada ao local. “Não sabemos o que são os ruídos”, afirmou o porta-voz da Guarda Costeira americana, o capitão Jamie Frederick.
A comunicação com o pequeno submersível Titan foi perdida no domingo, quase duas horas depois do equipamento iniciar a descida em direção ao que restou do famoso transatlântico Titanic, a quase 4.000 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova, no Atlântico Norte.
Perigo da expedição
Nos últimos dias, foi revelado um relatório sobre as falhas de segurança na embarcação.
David Lochridge, ex-diretor de operações marítimas da OceanGate Expeditions, a empresa fabricante, demitido por questionar a segurança do Titan, mencionou em uma ação judicial que o submersível é resultado de um “projeto experimental e não testado”.
De acordo com Lochridge, uma parte do submersível foi concebida para resistir à pressão a 1.300 metros de profundidade, e não a 4.000 metros.
Todos estavam cientes dos perigos da expedição, afirmou à BBC Mike Reiss, roteirista de televisão americano que visitou os destroços do Titanic no mesmo submersível no ano passado.
“Você assina um documento antes de embarcar, e na primeira página a morte é mencionada três vezes”, contou, ao lembrar que, durante a imersão em águas tão profundas, “a bússola parou de funcionar imediatamente e começou a girar”, fazendo com que eles tivessem que se mover às cegas na escuridão do oceano para buscar o transatlântico, que afundou em 1912, em sua viagem inaugural entre a cidade inglesa de Southampton e Nova York.
Das 2.224 pessoas a bordo do Titanic, cerca de 1.500 morreram em um dos naufrágios mais famosos da história. Desde que os destroços foram descobertos em 1985, a área tem sido visitada por caçadores de tesouros e turistas ávidos por fortes emoções.
Alistair Greig, professor de engenharia marítima na University College London, sugeriu duas hipóteses sobre o que poderia ter acontecido com o Titan. A primeira estaria relacionada a um problema elétrico ou de comunicação, o que não impediria o submersível de voltar à superfície. Outro cenário envolveria danos ao casco de pressão, o que dissiparia as esperanças de encontrar os passageiros com vida.
Foto: Divulgação.
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