14 Aug 2023
Descubra por que a Ford não vendeu sua fábrica na Bahia diretamente à BYD
Em nota, a empresa diz que o "processo seguirá a legislação vigente, que prevê posterior indenização para a empresa em valores compatíveis com o mercado. O acordo tem a finalidade de simplificar e agilizar o processo de transição de propriedade da fábrica, contribuindo para geração de valor ao Estado e à comunidade baiana". Até o momento, os valores da negociação não foram divulgados.
E o que levou a tradicional montadora americana a vender suas propriedades ao governo — e não à empresa chinesa? É mais fácil concretizar a transação com o Estado da Bahia, visto que acordos de grande porte entre empresas privadas são complexos e burocráticos.
Com o anúncio, a BYD poderá concluir a aquisição junto ao Poder Público e acelerar a implantação das três fábricas previstas para a Bahia. O motivo da construção de unidades distintas se explica pelo método segmentado dos veículos.
- Uma das fábricas será dedicada à produção de chassis para ônibus e caminhões elétricos;
- a outra vai produzir automóveis híbridos e elétricos, com capacidade estimada em 150 mil unidades ao ano — em sua primeira fase;
- a terceira fábrica, pensada para o processamento de lítio e ferro fosfato, atenderá o mercado externo e utilizará a estrutura portuária local.
A empresa de tecnologia chinesa, maior fabricante de automóveis elétricos do mundo, produzirá cinco veículos no complexo baiano, entre os quais o Dolphin; o híbrido Song; uma picape; e o elétrico subcompacto Seagull, que tem o porte do Ford Ka, produzido no país até 2021. O quinto produto seria um modelo inédito.
*Por Naiana Ribeiro. Foto: Divulgação e Reprodução/Redes Sociais.
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