Um projeto de lei do deputado estadual Dal (PP) promete provocar ampla discussão no setor da educação da Bahia. Ele propôs que o governo do estado estabeleça diretrizes e normas para inclusão de classes experimentais, com o método de ensino híbrido, online mesclado com o presencial, nas redes estaduais e municipais de ensino que integram a rede pública.
Pela proposta, parte da aplicação do conteúdo ocorrerá em sala de aula e outra parcela se dará de forma online, utilizando meios digitais tradicionais e alternativos. O aluno que não possui acesso à internet deverá informar à direção da escola pública a que está vinculado, para que possa ser disponibilizada as aulas por meios digitais alternativos, tais como TV, rádio, aulas gravadas em mídia de DVD ou pendrive, entre outros.
O deputado ainda propõe que o aluno poderá escolher entre o ensino híbrido, o online e o presencial. As aulas presenciais, ele diz, não poderão ultrapassar o limite ocupacional de 30% das salas.
"Diante do exposto, é de extrema importância que o sistema público de educação adote medidas que incentive a permanência dos estudantes na rede de ensino, evitando a evasão escolar, que, diga-se de passagem, a taxa de evasão escolar no Brasil é a terceira maior do mundo: em média, 24,1% dos alunos concluem o Ensino Fundamental até os 16 anos", diz Dal.
"O ensino híbrido pode ser feito por meio de formas bem conhecidas (e alternativas), tais como estações de TV e rádio estatais, aulas gravadas em mídia de DVD ou pendrive, entre outros. Um exemplo no Brasil é o famoso telecurso, quando uma série de pessoas conseguiu seu diploma dos antigos primeiro e segundo graus, acompanhando aulas todos os dias pela televisão. Elas não tinham oportunidades de ter aulas presenciais, mas ainda assim lhes fora assegurado o acesso à educação", complementou.
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