Danuza Leão sai de cena

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Danuza Leão morreu aos 88 anos, quarta-feira, no Rio de Janeiro, em decorrência de uma insuficiência respiratória – ela tinha enfisema pulmonar e, desde abril, esteve internada quatro vezes por causa de complicações da doença. Danuza marcou época com sua elegância, bom humor e verve crítica. Irmã da cantora Nara Leão (1942-1989), a ex-modelo, colunista e escritora foi casada com Samuel Wainer, dono do jornal ‘ Última Hora’ e um dos jornalistas mais influentes do país em sua época. Nos falamos, a última vez, em dezembro de 2019. Perguntei se ela tinha planos de vir à Bahia. “Não, Rafael, e nem de aparecer mais em jornal, revista ou TV”, afirmou, com sinceridade, como sempre fez em todas as ocasiões de sua vida. Na sua fase final, Danuza, que chegou a ser uma das mulheres mais badaladas do país, assumiu uma postura de discrição e longe de todo o glamour que sempre esteve associado a sua imagem.
 
Danuza e a Bahia

Danuza Leão esteve em Salvador diversas vezes. Entre os anos 70 e 80, durante dois verões, alugou uma casa enorme, com uma varanda cheia de redes, no bairro da Pituba. “Salvador, na época, era o próprio paraíso. Como ainda não estava na moda, quase não se viam turistas por ali”, disse em um dos seus livros, ‘Quase Tudo’, de 2005. Também veio a cidade em 1989 para a reabertura do Teatro Castro Alves, que reuniu no palco da Sala Principal os baianos Maria Bethânia, Gal Costa e João Gilberto. “Foi nessa época que conheci Antonio Carlos Magalhães. Tenho até hoje um carinho especial por esse político tão leal a seus amigos”.

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