5 Mar 2023
Costa pernambucana registra aparição do peixe-leão; entenda riscos

Em função dos riscos do peixe-leão, principalmente para a biodiversidade, já que devora até peixes maiores e pode eliminar populações de espécies marinhas, 2,5 mil profissionais da pesca serão capacitados na área para aprender a monitorar o animal.
Exuberante, o peixe-leão é natural dos Oceanos Pacífico e Índico, mas se adapta com extrema facilidade e se reproduz intensamente ao longo do ano. Seus espinhos venenosos contêm uma toxina que pode causar febre, vermelhidão e até convulsões em humanos.
Amostras da espécie já haviam sido achadas em 2021, na Praia de Bitupitá, no Ceará, onde um pescador pisou em um desses animais e precisou ser internado com dores, convulsões e paradas cardíacas.
Em função deste cenário, a prefeitura de Itamaracá e a ONG Projeto Conservação Recifal elaboraram o projeto para capacitar os profissionais, ajudando a evitar a proliferação do peixe-leão. “Ele consome espécies que são alvos da pesca e desequilibra o ecossistema, porque toma conta da região se reproduzindo e consumindo”, explica a coordenadora da ONG, Gislaine Lima, ressaltando que o combate à espécie “é uma causa discutida em todo o mundo”.
Após a aparição do peixe tão próximo à costa e em profundidade baixa, o Instituto BiomaBrasil fez um alerta para que as pessoas não interajam ou tentem pegar o peixe-leão. Em caso de captura, o animal não deve ser colocado de volta na água. “Nunca manuseie o animal com as mãos livres e desprotegidas”, alerta a postagem, que chama atenção para que, em caso de incidente, a pessoa procure imediatamente o socorro médico.
Os primeiros registros da espécie na costa brasileira começaram em Fernando de Noronha, também no Recife, em dezembro de 2020. Até fevereiro de 2023, mais de 100 exemplares foram encontrados. Até o alerta, não se tinha conhecimento de ocorrências na parte continental do estado.
Foto: iStock/Getty Images. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.