Conselhão com bilionários, artistas, ativistas e influencers é recriado por Lula; entenda

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recriou, nesta quinta-feira (4), o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, com 242 representantes, de empresários e ativistas a artistas, intelectuais e representantes de cooperativas.

O CDESS foi criado originalmente no primeiro governo Lula, como o objetivo de debater políticas públicas com a sociedade civil. A iniciativa foi extinta pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019 e, de volta, deverá funcionar por meio de grupos de trabalho, com a pauta "sustentável" incluída ao nome.

A participação dos mais de 200 conselheiros acontece de forma voluntária, sem remuneração. O objetivo é trazer diferentes perspectivas sociais ao debate e, por isso, o grupo é composto pelas diferentes gamas de poder, com diversos focos de atuação.

"Nenhum governo, por mais competente, responsável e humanista que seja, é capaz de resolver sozinho os problemas de um país. Por isso, estou botando muita expectativa e esperança no mundo que vocês podem criar a partir das discussões aqui", disse o presidente, em cerimônia de posse no Palácio do Itamaraty.

Em discurso, Lula deixou claro que o Conselhao não é um espaço para falar bem do governo nem para fazer diagnóstico. "É para ajudarem a governar esse país, dizerem como vocês querem que coisas sejam feitas. Não é espaço de queixa, reclamação, é um espaço de produção", disse.

Entre os nomes que compõem o grupo estão o do multi-investidor Abílio Diniz; de Gilson Finkelsztain, presidente da B3; de Luiz Trabuco, do Bradesco; de Jorge Moll, fundador da Rede D'Or; Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza; Neca Setubal, herdeira do Itaú-Unibanco; Roberto Bischoff, presidente da Braskem; os criadores de conteúdo Bela Gil e Felipe Neto; do cineasta Jorge Furtado; a criadora de conteúdo financeiro Nath Finanças; Ayala Ferreira, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua; Preto Zezé, fundador da Central Única das Favelas; e René Silva, do Voz das Comunidades.

A lista segue ainda com diversos pesquisadores e intelectuais, como a escritora e historiadora Lilia Schwarcz; a cientista da computação Nina da Hora; e o cardiologista Roberto Kalil, que é médico de Lula e presidente do InCor. "Tem empresário, junto com trabalhador, junto com ativista. Talvez a pessoa que esteja sentada na sua mesa você já tenha visto uma entrevista com ela, um tuíte, agora pode conhecê-la", destacou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Dos 242 convidados, 97 são mulheres, 40% do total. Na lista, 113 são empresários, 83 representam a sociedade civil e 46 são integrantes de movimentos sociais e organizações sindicais, tornando a configuração do colegiado federal mais plural do que em anos anteriores. Até mesmo o agronegócio, um dos mais críticos à gestão petista, conta com 11 assentos.

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Fotos: Reprodução/Redes Sociais e Nellie Solitrenick (Abílio Diniz).

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