14 Mar 2023
Conheça projetos sociais que incentivam empreendedores negros em Salvador

Nascido no bairro de São Caetano, o "Investidores da Esperança" busca conscientização, educação, profissionalização e inserção dos empreendedores negros da periferia, levando transformação e esperança para comunidades da capital baiana. Desde a sua fundação, em 2021, foram quase mil pessoas que passaram pelo projeto.
“Os empreendedores da favela, eles empreendem para sobreviver, então, é tudo debaixo de um jeitinho, de algo meio que amador", contextualiza o CEO da ONG, Eduardo Souza Neto, em entrevista à repórter Camila Marinho, da TV Bahia, afiliada regional da Globo. "O que estamos desenvolvendo como educação empreendedora é construir um raciocínio de longo prazo e de que é possível empreender e, através do empreendedorismo, ter mudança de vida”, segue.
Iniciativas parecidas na essência são o "Acelera Iaô" e o "Acelera Iaô Com Elas", projetos criados pela Fábrica Cultural, ONG fundada pela atual ministra da Cultura, Margareth Menezes, no bairro onde nasceu, na Ribeira, com apoio da iniciativa privada. A ideia dos projetos, um deles voltado especificamente para acelerar projetos de emprendedoras negras e periféricas nas áreas de alimentação, produção de áudio e de influências digitais, é fortalecer o empreendedorismo negro, garantindo negócios mais lucrativos, mas também indo além.
“A gente diminui a criminalidade, a gente diminui a vulnerabilidade infantil, a gente diminui a quantidade de pessoas em situação de rua, porque a gente traz um conforto econômico para quem dá direcionamento às famílias, a gente impacta toda a sociedade”, conta a coordenadora do "Acelera Iaô com Elas", Priscila Mércia, que vê em projetos como esse uma maneira de mudar um cenário de desigualdade racial, oferecendo oportunidades e promovendo qualificação.
Outro projeto enaltecido foi o "Afroestima Salvador", da prefeitura, que abriu as portas para afroempreendedores que buscam o sucesso dos seus negócios. “Através dos cursos eu consegui ter noções, principalmente na parte financeira, que era o que mais me fazia falta, de fazer a parte da organização, poder reinvestir o dinheiro nos produtos, em tecidos, produtos de qualidade”, conta Márcia Gomes, que tem as tiaras e turbantes que produz como principal fonte de renda de toda a família.
“Toda a cidade se movimenta, a cultura e turismo tem o potencial de impacto econômico muito grande e o poder público tem um papel de reparação essencial nesse processo”, conclui a Diretora da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, Maylla Pita.
Foto: Divulgação/Fábrica Cultural. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.