Conheça o time de roteiristas negras que assina a adaptação de “Torto Arado”, do baiano Itamar Vieira Jr, para a HBO Max

Depois de adaptado, o livro “Torto Arado”, do baiano Itamar Vieira Jr, será exibido como uma série na HBO Max. O projeto, idealizado pelo cineasta Heitor Dhalia, tem roteiro assinado por cinco roteiristas negras, com amplos currículos no audiovisual e artes cênicas, entre elas duas baianas: Viviane Ferreira e Ceci Alves. O grupo é comandado pela carioca Luh Maza e traz ainda Maria Shu e Renata Di Carmo

Luh Maza
Primeira roteirista transgênero da televisão brasileira, escreveu para a quarta temporada da série Sessão de Terapia (2019) do Globoplay/GNT, pela qual foi indicada ao Prêmio ABRA de Roteirista do Ano 2020. Integrou as equipes de desenvolvimento para séries inéditas da Globoplay (2019), Netflix (2020) e HBO (2021). Pelo curta “35” (2019) recebeu o troféu de bronze de roteiro no festival El Ojo de Iberoamerica da Argentina; o prêmio Inclusive and Creative Awards Campaign dos Estados Unidos; e foi top 5 no Berlin Commercial, da Alemanha. 

No teatro, destacam-se seus espetáculos “Carne Viva” (2015), encenado em Portugal com a Cia. Teatro Estúdio Fontenova; “Kiwi” (2016), sua versão para o texto de Daniel Danis, vencedora do Prêmio Aplauso Brasil de melhor espetáculo; e “Transtopia (2019)”, no Theatro Municipal de São Paulo. Sua dramaturgia está publicada na coleção “Primeiras Obras” (Imprensa Oficial, 2009) - finalista do Prêmio Jabuti de Literatura. O livro “Teatro” (Chiado Editora, Lisboa, 2015) integra a antologia “Dramaturgia Negra” (Funarte, 2019). Também atua nas áreas de curadoria, direção e interpretação para teatro, tevê e cinema.
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Maria Shu
Uma das roteiristas sêniores da adaptação, Maria Shu escreveu para as séries "Onisciente" (Netflix), "Sentença" (Amazon Prime) "Irmandade" (2T, Netflix, que estreia em 11 de maio) e "Bom dia, Verônica", (Netflix). Também assina os roteiros dos curtas-metragens autorais “Sobre Alices” e "Portion of Wrath". Roteirizou a "Ocupação Chiquinha Gonzaga" (Itaú Cultural 2021); o especial "Mães do Brasil", exibido na TV Globo; desenvolveu uma série infantil live-action na produtora "Biônica Filmes" (2020); e ainda é uma das roteiristas da série de animação infantil "Minha babá é um samurai".

Shu também é autora das peças teatrais "Cabaret Stravaganza", "Giz", Ar Rarefeito", "Relógios de Areia", "Leoa na Baia", "Epifania", "Peça para quem não veio", "O Sorriso da Rainha" e "Quando eu morrer, vou contar tudo a Deus". Seus textos já foram lidos e encenados na Suécia, Portugal, França e Cabo Verde. Integra as coletâneas de teatro "Dramaturgia Negra (editora Funarte) e "Tempo Impuro" (Editora Primata). Ela é uma das cronistas da Coleção "Sambas Escritos" (Editora Pólen Livros). Escreveu coletivamente o texto "Ar-far" com os dramaturgos Aldri Anunciação, Diego Araújo, Jhonny Salaberg e Mônica Santana, a convite do Goethe-Institut Salvador-Bahia, em parceria com a plataforma Melanina Digital.
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Renata Di Carmo
Roteirista sênior da adaptação do romance “Torto Arado”, Renata Di Carmo escreveu para programas como “Escolinha do Professor Raimundo” e “Zorra Total”. Desde então, tem atuado como roteirista, redatora-final e head writer em empresas como HBO, Amazon, Netflix e Multishow ("Vai que Cola"). No cinema, trabalhou para a Paranoïd Filmes, AfroReggae Audiovisual, Elo Company, além de desenvolver projetos próprios. Escreveu, dirigiu e produziu curtas com circulação nacional e internacional, tais como “Safari”, “Susana” e “Corredor: Corpo Negra”. 

Na literatura é escritora do premiado infantojuvenil “Anele - A Menina dos Olhos de Mundo”, entre outras obras. Tem algumas de suas poesias em publicações, como as coletâneas poéticas da editora Futurama. Também escreve para o teatro. Soma experiências ainda como tutora e articuladora de projetos culturais, consultora e curadora para festivais, projetos, séries e filmes. Como atriz atua em teatro, cinema e TV. Também é diretora, jornalista, criadora de conteúdo, CO e produtora da Churinga Produções. Doutoranda e mestra em Letras, é especialista em Comunicação, graduada em Artes Cênicas, Cinema e Jornalismo. ​
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Viviane Ferreira 
A baiana Viviane Ferreira é uma das três roteiristas sêniores do projeto.  Diretora-presidente da Spcine - empresa de cinema e audiovisual da prefeitura de São Paulo -, ela também é advogada, ativista do movimento negro, presidenta e uma das fundadoras da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro.  Além de roteirista, é diretora, produtora e fundadora da Odun Filmes. Sua obra “O Dia de Jerusa” (2014) foi exibido no Short Film Corner do Festival de Cannes. O curta foi transformado no longa “Um Dia com Jerusa” e com ele Viviane se tornou a segunda mulher negra a dirigir um longa de ficção no Brasil - a primeira foi Adélia Sampaio.

Viviane nasceu no bairro de Coqueiro Grande, Salvador, e aos 19 anos se mudou para São Paulo, onde vive desde então. É formada em Cinema pela Escola de Cinema e Instituto Stanislavisky e em Direito pela Universidade Paulista, onde se especializou em Direito Público, com foco em Direito Autoral e Cultural. Também é mestre em Políticas de Comunicação e Cultura pela Universidade de Brasília (UnB). 
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​Ceci Alves
A cineasta, escritora, jornalista e mestre em Artes Cênicas pela UFBa., Ceci Alves completa o time. Na adaptação de “Torto Arado”, a baiana atua como assistente de roteiro. Como cineasta, imprime em seu trabalho uma narratividade musical, lidando com questões de militância e protagonismo dos excluídos de uma forma afetiva e política. Reconhecida curta-metragista e documentarista, com premiações no Brasil e no exteriro, Ceci é roteirista e montadora formada pela Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Baños, La Habana, Cuba; ela também tem Master 2 em Direção pela École Supérieure d'Audio-Visuel, unidade da Université de Toulouse, Le Mirail, França. 

Já teve projetos chancelados pela Chamada Pública Prodav 04/2014, da Ancine; além de ter desenvolvido séries dentro do Núcleo de Criação Usina do Drama, atividade de extensão da Universidade Federal da Bahia; e para o Laboratório de Narrativas Negras e Indígenas para Audiovisual 2020, organizado pela Flup – Festa Literária das Periferias, em parceria com a Rede Globo. Foi fundadora do Núcleo de Audiovisual do Jornal Correio/site Correio24Horas, em Salvador/BA - no qual ganhou o prêmio Tim Lopes, em 2015, pela série de reportagens “Tempo Perdido”. Foi ainda coordenadora da Central de Jornalismo do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia - IRDEB.VeX8en.md.jpg
As filmagens da série “Torto Arado” devem começar no início de 2023.  A data de lançamento ainda não está definida.

Fotos: Reprodução. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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