8 Sep 2022
Conheça José Moreira, baiano que deixou o sertão para desenvolver a empatia no ambiente corporativo

“Imagine um moleque de 15 anos, nascido no interior da Bahia, com aquele sotaque bem carregado. Eu sofria muito. Hoje, a gente chama isso de bullying e, naquela época, como se diz na Bahia, estavam ‘mangando’”, lembra Moreira, que teve sua história contada, nesta quinta-feira (8), na seção "Para Fechar", d'O Estado de S. Paulo, em que histórias de vida interessantes e inspiradoras são compartilhadas.
“Eu consigo me colocar no lugar das pessoas quando elas dizem que estão sofrendo bullying”, diz ele, que deixou o Nordeste há 26 anos para, hoje, ter entre suas atribuições na empresa justamente a gestão do canal de denúncias, onde ajuda a combater assédio moral, discriminação e bullying.
“Eu queria ser motorista de ônibus, carreteiro. Eu ficava fascinado quando via aqueles ônibus da Viação Planalto Recife-Goiânia. Queria é ficar viajando”, contou o baiano, que, hoje, conhece o Brasil de ponta a ponta, fazendo o que gosta, que é desenvolver a empatia no ambiente corporativo.
“O fato de eu ter começado de baixo me dá mais facilidade para empatia, para me colocar no lugar dos outros. Consigo entender quando alguém da manutenção ou do operacional se manifesta e consigo transitar com facilidade dentro de diversos níveis na empresa", disse.
Moreira não se imaginava um dia atuando em cargos de gestão de grandes empresas. Chegou a São Paulo após três anos sem frequentar a escola. Na capital paulista, retomou os estudos e seguiu até a graduação em Administração de Empresas. Antes de assumir o cargo na SuperVia, passou pelo Grupo Votorantim, onde começou como operador de caldeira, antes de trabalhar na Gol e no Grupo Globo.
Foto: Acervo pessoal. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.