Segredo baiano: conheça cafeteria que funciona em igreja no Centro Histórico de Salvador

Kirk Moreno é jornalista, assessor de imprensa e escreve para o Alô Alô Bahia. Insta: @kkmoreno.

Rua do Carmo, número 1, bairro do Santo Antônio Além do Carmo. Se colocar este endereço em algum aplicativo de geolocalização, você vai chegar na Igreja da Ordem Terceira do Carmo. É no templo religioso inaugurado em 1803 que está uma das mais novas cafeterias da capital baiana: a Café e Câmera, estabelecimento que tem três meses e, como o nome já induz, reúne as paixões pela segunda bebida mais amada do Brasil – de acordo com pesquisa de 2022 do DIEESE - e a fotografia.
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A cafeteria fica no canto direito da igreja, bem ao lado das catacumbas – sim, as galerias subterrâneas que foram utilizadas como lugar de enterro durante vários séculos – da Ordem Terceira do Carmo. O local conta com três mesas externas e alguns assentos na parte interna.

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A decoração do local exala o amor pelas artes: a música, artes plásticas, literatura, mas quem reina é a fotografia. É que o Café e Câmera é uma ideia - e um sonho - do fotógrafo baiano Adriano Viana (na foto principal da reportagem), que começou a carreira com 18 anos e uma câmera emprestada. Hoje, com 42 anos, ele tem suas obras marcadas por retratar o cotidiano da cidade de Salvador distribuídas pelo mundo afora. As imagens de sua autoria, inclusive, estão expostas e à venda no estabelecimento por uma média de R$ 300, já emolduradas.
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Tudo foi pensado como uma ideia de galeria, mas também como um espaço aconchegante da minha casa. As pessoas dizem que eu acabei abrindo as portas da minha casa para receber amigos para tomar café. A ideia é muito essa. O local parece que tem um imã. As pessoas chegam e passam até quatro, cinco horas por aqui. É um local para amantes ou não amantes da fotografia, que queiram apreciar um bom café, ter uma boa prosa sobre a fotografia e os desafios de ser fotografo”, ressaltou Adriano ao Alô Alô Bahia.
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Além das suas fotografias, o espaço é decorado por discos de vinil – há Caetano, Bethânia, Gil, Gal, Milton e mais obras que podem ser escutadas e até compradas por lá -, dezenas de câmeras da coleção pessoal de Adriano, a exemplo de modelos clássicos da Nikon e Rolleiflex, livros com coleções de Pierre Verger e Carybé e xilogravuras do artista baiano Calasans Neto, que também estão à venda por valores entre R$ 1.300 e R$ 2 mil.
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Adriano também é marceneiro – suas obras compõem o local -, barista, padeiro, confeiteiro, agente de saúde e “algumas profissões a mais”. É ele o responsável por praticamente tudo no local, do atendimento à produção do menu, que conta com poucos itens, mas bem saborosos e com preços justos. Os destaques estão os bolos caseiros, que custam R$ 9 a fatia, as tortas salgadas, que sai por R$ 12, o cappuccino, que é R$ 7, além, claro, do café expresso que vem de Piatã, na Chapada Diamantina.

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Adriano conta que o espaço na Igreja da Ordem Terceira do Carmo estava fechado há sete anos e que o encontrou após indicação de uma amiga: “A história com o Café e Câmera começa a partir do momento que eu estava expondo no Santo Antônio Além do Carmo e, neste processo, o rapa (nome popular dado a fiscalização de ordem pública) não me deixou mais a trabalhar na rua. Daí eu fui em busca de um espaço e uma amiga fez o link com a igreja”, contou.

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Ficou curioso? O Café e Câmera funciona de terça a sexta-feira das 13h às 19h, sábado das 09h às 19h e domingo de veneta. Para saber mais informações basta acessar o perfil do Instagram @cafeecamera.
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​Fotos: Kirk Moreno/Alô Alô Bahia.

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