14 Nov 2022
Conheça a rua dos tesouros perdidos que fica no coração de Salvador

Via Moysés Suzart ( @sgsuzart ) para Jornal CORREIO.
A rua Ruy Barbosa, em pleno Centro Histórico de Salvador, seria facilmente cenário para programas do History Channel, como Trato Feito ou Caçadores de Relíquias. Indiana Jones nem precisaria de tanta presepada, como chicotes, jaquetas de couro ou correr de bolas gigantes para conseguir uma raridade histórica. Nas calçadas de pedras onde o escritor baiano Ruy Barbosa nasceu e passou sua infância, abrigam diversas lojas de antiguidades, onde é possível encontrar um patrimônio perdido com raridades que vão desde figurinhas de copas antigas até bonecas de porcelanas francesas de 1873 que pertenceram à família Seabra. São verdadeiros museus perdidos, mas com uma diferença: você pode comprar e levar para casa.
A rua Ruy Barbosa, em pleno Centro Histórico de Salvador, seria facilmente cenário para programas do History Channel, como Trato Feito ou Caçadores de Relíquias. Indiana Jones nem precisaria de tanta presepada, como chicotes, jaquetas de couro ou correr de bolas gigantes para conseguir uma raridade histórica. Nas calçadas de pedras onde o escritor baiano Ruy Barbosa nasceu e passou sua infância, abrigam diversas lojas de antiguidades, onde é possível encontrar um patrimônio perdido com raridades que vão desde figurinhas de copas antigas até bonecas de porcelanas francesas de 1873 que pertenceram à família Seabra. São verdadeiros museus perdidos, mas com uma diferença: você pode comprar e levar para casa.
Assim como alguns museus brasileiros, as lojas históricas e pouco conhecidas entre os baianos também pedem socorro. Apesar de fazer parte do Centro Histórico, a rua que abriga a casa onde morou Ruy ainda não foi contemplada com a revitalização e sofre com abandono e insegurança. A esperança agora é o novo projeto para um museu na Casa da Palavra Ruy Barbosa, que terá um investimento de R$ 7 milhões e promete colocar a rua no circuito turístico da capital, ainda sem data para conclusão.
Até lá, lojistas dos antiquários contam que cerca de 14 lojas de antiguidades funcionam no lugar, mas só encontramos quatro abertas. As outras preferem abrir em horários de maiores movimentos, geralmente pela tarde, aos sábados ou aderiram às redes sociais e só abrem sob encomenda. Uma pena, pois entrar nas lojas é como voltar no tempo com tantas coisas que remetem ao passado, onde nossa tataravó ainda era virgem. Dá para achar de tudo: lustres, brinquedos antigos, porcelanas, quadros, móveis de lei, relógios cucos, moedas antigas… Impossível imaginar algo e não encontrar lá.
Na loja GG Antiguidades, no meio dos brinquedos antigos, uma figurinha lendária chama atenção. Não se tratava daquela dourada do Neymar nesta Copa do Catar, mas do cromo do Mundial de 1978, na Argentina, do jogador Marek Dziuba, da Polônia. Para quem curte mundiais, o precinho também é convidativo: R$ 10. Nem dá tempo de se concentrar em apenas uma raridade. Ao lado do polonês, um autêntico Ferrorama da década de 80, perfeito para a garotada acima dos 40 anos ganhar de Papai Noel. Este pobre repórter resolveu coçar o bolso e comprar este sonho de criança, mas se frustrou:
“Vendi tem uma hora. O rapaz vem pegar mais tarde, já fez até o pix. Aqui as coisas chegam e vão na mesma velocidade. Não fica quase nada”, disse Gildo Fortunato, dono da GG.
Gildo vende de tudo, mas sua paixão são brinquedos antigos e raros. Ele procura pessoas que querem se desfazer, compra e revende. O Ferrorama ele conseguiu de um senhor que encontrou perdido no guarda-roupa. Ele vendeu por R$ 450. Apesar de vender produtos mais clássicos, seu foco é algo mais vintage, geralmente dos anos 70 e 80. Uma câmera polaroid, daquelas que tira a foto e revela na hora, funcionando, custa R$ 120. Atualmente este tipo de câmera é conhecida como Instax e pode ser encontrado na Amazon por R$ 550, mas sem o glamour de ser dos anos 80.
“Infelizmente, pouca gente de Salvador conhece o lugar. Vendo praticamente para pessoas de fora, além dos que já frequentam mais tempo a rua. Vem gente de todo o mundo bater perna aqui na Rua Ruy Barbosa, menos o soteropolitano. Inclusive alugo peças para aniversários temáticos, casamentos e até novelas e documentários. Já aluguei antiquários para novelas como Segundo sol, Tieta, Velho Chico… Qualquer produção de época vem aqui visitar as lojas. Somos bem conhecidos fora, exportamos para diversos países também”, conta Gildo, há mais de 30 anos no lugar.
Leia a matéria completa no Jornal CORREIO.
Fotos: Marina Silva/Jornal CORREIO. Siga o insta @sitealoalobahia.
“Vendi tem uma hora. O rapaz vem pegar mais tarde, já fez até o pix. Aqui as coisas chegam e vão na mesma velocidade. Não fica quase nada”, disse Gildo Fortunato, dono da GG.
Gildo vende de tudo, mas sua paixão são brinquedos antigos e raros. Ele procura pessoas que querem se desfazer, compra e revende. O Ferrorama ele conseguiu de um senhor que encontrou perdido no guarda-roupa. Ele vendeu por R$ 450. Apesar de vender produtos mais clássicos, seu foco é algo mais vintage, geralmente dos anos 70 e 80. Uma câmera polaroid, daquelas que tira a foto e revela na hora, funcionando, custa R$ 120. Atualmente este tipo de câmera é conhecida como Instax e pode ser encontrado na Amazon por R$ 550, mas sem o glamour de ser dos anos 80.
“Infelizmente, pouca gente de Salvador conhece o lugar. Vendo praticamente para pessoas de fora, além dos que já frequentam mais tempo a rua. Vem gente de todo o mundo bater perna aqui na Rua Ruy Barbosa, menos o soteropolitano. Inclusive alugo peças para aniversários temáticos, casamentos e até novelas e documentários. Já aluguei antiquários para novelas como Segundo sol, Tieta, Velho Chico… Qualquer produção de época vem aqui visitar as lojas. Somos bem conhecidos fora, exportamos para diversos países também”, conta Gildo, há mais de 30 anos no lugar.
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Fotos: Marina Silva/Jornal CORREIO. Siga o insta @sitealoalobahia.