Comerciante que lançou acarajé rosa é criticada por Associação e cria bolinho de estudante rosa

O acarajé rosa criado pela comerciante Adriana Ferreira, do Acarajé da Drica, para entrar na onda da espera pelo lançamento do filme da Barbie – que acontece no próximo dia 20 – gerou polêmica. Ao utilizar anilina rosa comestível na receita do tradicional quitute, Adriana desagradou a Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam). Mas ela não se intimidou e, após as críticas, publicou em suas redes sociais mais uma novidade: o bolinho de estudante rosa. 
 
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O argumento da Abam é que o acarajé é um Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e, portanto, sua receita não poderia ser alterada. Dessa forma, o acarajé cor de rosa seria um bolinho de feijão diferente do tradicional, não podendo levar o nome do patrimônio original. Ao criar o bolinho, na tarde desta quarta-feira (18), Adriana já adotou um outro nome: bolinho de tapioca pink. 

“Nós, da Abam, repudiamos veementemente qualquer pessoa que se aproprie das nossas iguarias ancestrais desfazendo de seu formato, modo de feitura e representação sagrada. Acarajé não é moda, trend ou efemeridade. Acarajé é comida sagrada e merece respeito”, diz a Associação. 

O pensamento ganhou reforço de defensores da tradição do acarajé nas redes sociais. Para o influencer soteropolitano Antonio dos Santos (@juniorpakapym), a versão rosa é um erro. “A gente cobra que tenha cuidado com o acarajé porque é um alimento ancestral, tem todo um contexto. Mesmo estando tão banalizado atualmente, a gente do candomblé ainda tem esse cuidado e aí vem uma pessoa que não tem nenhuma ligação ancestral com o acarajé e faz uma versão cor de rosa, achando que ele é o chicletinho da Barbie”, publicou ele em suas redes sociais. 
Diante das críticas, Drica se posicionou: "Eu fiz uma homenagem à personagem Barbie. Não existe mudar tradição. Todas as empresas estão fazendo também! Por que não o acarajé?"

Não é a primeira vez que a comerciante chama a atenção por sua criatividade e divide opiniões. Foi ela quem criou, junto com a filha, a famosa barca de acarajé - o "sushi baiano". Em um recipiente plástico de 55 cm, uma barquinha de sushi, Adriana e Letícia colocam 15 mini acarajés, dois abarás cortados, vatapá, camarão seco, camarão fresco, salada e caruru. 

Apesar das críticas, muitos comentários nas redes sociais não veem problemas nas alterações do quitute e se divertiram com a novidade soteropolitana. 

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

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