Com pandemia, casais alteram planos para realizar casamento; fornecedores comentam

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As restrições necessárias por conta da pandemia do novo coronavírus fizeram com que muitos noivos adiassem seus planos de casamento em 2020, buscando datas ainda em 2021. Com a vacinação em curso, o que se tem visto é uma corrida aos fornecedores para realizar as festas no segundo semestre deste ano, a partir de setembro, quando a expectativa é de que parte significativa da população esteja imunizada.
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É o que espera Marcella Brandalize e Fabio Maalouli, que precisaram adiar a festa planejada e optaram por celebrações intimistas no civil e na catedral ortodoxa, religião da família dele. Os enlaces foram assistidos por pouquíssimos familiares e amigos, em São Paulo, em agosto do ano passado. "A festa seria em novembro de 2020 e agora mudamos para novembro de 2021. Como ainda não temos certeza se poderá acontecer esse ano, estamos com os preparativos em stand by, mas provavelmente reduziremos bastante o número de convidados", conta Marcella, que também realizará cerimônia na igreja católica romana, em Salvador. 
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Com a publicação do decreto, nesta terça-feira (13), no Diário Oficial do Estado (DOE), no qual o governador da Bahia, Rui Costa, autoriza a realização de eventos com até 50 pessoas, muita gente procurou as empresas do segmento para reservar datas. “Acabo de fechar um casamento para 50 pessoas daqui a um mês em função da liberação”, conta Denise Martinelli, do cerimonial Milton Martinelli, que já está com a agenda cheia a partir de setembro. “Dezembro está incrivelmente lotado. A maioria são casais que tiveram que mudar os planos e estão marcando a data para o segundo semestre desse ano ou o início do ano que vem, para fazer tudo com mais tranquilidade". No mercado há 35 anos, a empresária precisou se adaptar à pandemia e criar uma cláusula nos contratos em que o cliente ganha um prazo de até um ano para realizar o evento em caso de adiamento.
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De acordo com Bruna Martins, do Buffet Mignon, muita gente preferiu adiar a festa e fazer a cerimônia do civil para não deixar de casar. “Tivemos muitos eventos menores também. Houve uma adaptação, mas agora percebo que as pessoas estão esperançosas, acreditando na vacina, e marcado os casamentos para esse ano ainda. Só ontem fechamos dois. E não são adiamentos, são casamentos novos, grandes, um deles já para outubro”, revela.
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Bruna percebeu essa demanda como um reflexo de tanto tempo de restrições sociais por conta da pandemia. “Muita gente que tinha planos, como ter filhos, e precisou adiar nos fala que está com vontade de andar a vida. Surgiram agora noivas que querem casar no segundo semestre de qualquer jeito e vão se adaptar em relação ao tamanho e formato do evento de acordo com o cenário da pandemia na época”, conta a empresária. “Acredito que como o Mignon é muito correto, damos segurança aos clientes, eles estão nos procurando mesmo com estas incertezas”.

A pandemia mexeu inclusive com a logística das empresas para atender aos eventos seguindo todos os protocolos. A TD Produções, especializada em som, luz e led, além de palcos e coberturas, e que é responsável pelas principais festas de Salvador, precisou mudar a rotina de suas equipes, alternando turnos, mandando grupos menores para as montagens, o que impacta, inclusive, no tempo de montagem. De acordo com sua diretora comercial, Nayme Linhares, além dessa adaptação, foi preciso absorver alguns custos. “Sendo uma pandemia, a gente entende que todo mundo sai prejudicado. Todos os adiamentos foram feitos sem nenhum custo adicional para o cliente. Dividimos esse prejuízo. O deles emocional e o nosso financeiro”, diz.
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Sobre a retomada dos eventos, Nayme explica que o fluxo natural foi de quem ia casar no ano passado mudar a data para este ano e quem ia trocar alianças em 2021, levar a festa para 2022. “Houve também casamentos maiores que foram adequados para eventos menores. Teve gente que mudou radicalmente o formado da festa e fez um mini wedding para 50 pessoas e que vai esperar tudo voltar ao normal para fazer uma grande festa. Porque não é só a quantidade de convidados que muda. Com as restrições não tem banda, palco, pista de dança, o evento é diurno por causa do toque de recolher”, esclarece.

 Fotos:@flaviavitoriaphoto e Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.

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