Com menos funcionários públicos do que EUA e países da Europa, Brasil presta serviço de pior qualidade

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Com cerca de 11 milhões de servidores públicos, o Brasil tem um dos serviços públicos de pior qualidade, segundo levantamento do TheGlobalEconomy.com, com base em dados de 2021. 

Atualmente, 12,4% dos trabalhadores do país fazem parte da categoria, número menor do que o registrado nos Estados Unidos (13,56%) e países vizinhos, como Argentina (19,31%), Uruguai (16,92%) e Chile (13,10%).

Países da Europa, como França (20,28%), Dinamarca (30,34%) e Suécia (24,99%), também tem um funcionalismo mais "inchado" que o brasileiro, mas que atende melhor à população.

Para se ter uma ideia, entre 177 países considerados, o Brasil fica na 124ª colocação, na avaliação do TheGlobalEconomy.com, que leva em consideração prestação de serviço à população, incluindo educação, saúde, saneamento, transporte, eletricidade, internet e outros.

Dos países citados anteriormente, Argentina (81º), Uruguai (48º), Chile (69º), França (12º), Dinamarca (5º) e Suécia (3º) aparecem bem à frente.

A má qualidade da prestação do serviço no Brasil tem gerado uma intensificação no debate sobre a necessidade de uma reforma administrativa, a fim de melhorar a eficiência dos serviços públicos. A proposta de emenda à Constituição (PEC) já estaria com o texto pronto para ir ao plenário e um dos principais pontos positivos seria o rompimento de alguns privilégios do funcionalismo.

"É preciso acabar com certos privilégios. É positivo, por exemplo, limitar férias a 30 dias, dar fim dos aumentos salariais por tempo, sem avaliação. Quando a gente olha esses benefícios, percebemos que há alguns excessos", avalia Luciano Nakabashi, professor da USP, em entrevista à CNN.

A reforma administrativa pretende acabar ainda com benefícios como licença-prêmio e outras por tempo de serviço; adicionais por substituição; aumentos de remuneração ou indenização com efeitos retroativos e aposentadoria como punição. Juízes e promotores, no entanto, teriam seus benefícios preservados, incluindo as férias de 60 dias, o que revela uma desigualdade entre carreiras.

* Por José Mion, com informações da CNN. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil.

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