16 Nov 2023
Com foco na economia criativa e afrofuturismo, 2ª edição do Festival Salvador Capital Afro movimenta o Centro Histórico

O Festival Salvador Capital Afro chega à segunda edição em 2023, visando estimular o desenvolvimento da economia criativa, valorizar os talentos negros locais e potencializar o protagonismo da cidade no segmento do Afroturismo. O evento faz parte do Novembro Salvador Capital Afro e ocorrerá entre os dias 22 e 25 de novembro, no Centro Histórico de Salvador. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser realizadas através da plataforma Sympla.
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Com o tema 'Salvador: Cidade Conexão da Diáspora', a programação inclui painéis, apresentações musicais, oficinas, rolês afros e rodadas de negócios nas áreas de afroturismo, artes visuais e música. O objetivo é tornar a capital baiana um ponto de encontro entre cidades e países africanos.
Nos três dias do evento, serão discutidos temas como “Estratégias de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Combate ao Racismo”, “Black Money”, “Aquilombamentos Culturais e Circulação Artística” e mais.
Para a Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, o evento é visto como uma base de transformação social, cujo foco é mobilizar negócios, capacitar pessoas e envolver, de forma atrativa, toda a cadeia de afroempreendedores. A estimativa é de que sejam gerados 100 postos de trabalho e ultrapassar R$1 milhão em intenções de negócios.
Programação – O primeiro dia do festival contará com o painel “Cooperação internacional para o desenvolvimento e combate ao racismo”, com a participação do diretor de relações internacionais da Prefeitura de Los Angeles, Wajenda Chambeshi; do gerente de parcerias internacionais da cidade de Boston, James Colimon; da embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia; da ex-ministra da cultura da Colômbia, Paula Moreno e da chefe do escritório da UNICEF na Bahia, Helena Oliveira.
Em seguida, o tema do festival “Salvador: Cidade Conexão da Diáspora” será o assunto do encontro entre o pesquisador da cultura e história africana Abiola Akandé; o pós-doutor em antropologia e babalorixá da Casa do Rei e Senhor das Alturas, Vilson Caetano, e Paula Moreno, fundadora do programa Manos Visibles, uma rede de líderes e organizações de ponta que constrói a equidade racial e territorial. A mediação será feita pela pesquisadora Cíntia Guedes.
Na quinta-feira (23), John Yaw Agbeko, diretor-chefe do Ministério do Turismo, Artes e Cultura de Gana; Kim Osborne, secretária executiva da Organização dos Estados Americanos; e Bia Moremi, fundadora da Brafrika Viagens, agência brasileira com atuação no continente africano, trocarão informações sobre experiências internacionais do Afroturismo, com mediação de Tânia Neres, coordenadora de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo.
Já o tema “Black Money” será discutido pela educadora financeira Átila Lima; com a criadora da Feira Preta e do Preta Hub, Adriana Barbosa; a gerente de Projetos Sociais do Movimento pela Equidade Racial, Luciene Rodrigues; o diretor executivo do Fundo Baobá para Equidade Racial, Giovanni Harvey; e o coordenador de Finanças Solidárias do Banco Comunitário de Desenvolvimento Santa Luzia, Carlos Eduardo Dias Barbosa. A discussão terá mediação de Ciça Pereira, do Afrotrampos.
Na sexta-feira (24), O painel “Arte que circula” terá presença de Juci Reis, do Programa Flotar; do multiartista e criador do Negro Fest, Fabio Arboleda; do músico e empresário Evandro Fióti; e de Ismael Fagundes, coordenador artístico do Afropunk Bahia. Os artistas e empreendedores compartilharão experiências, informações e orientações para cruzar fronteiras, com mediação do diretor da Fundação Gregório de Mattos, Chicco Assis.
O painel “Aquilombamentos Culturais” vai promover o encontro entre Lázaro Roberto, do Zumvi Arquivo Afro Fotográfico; Jaqueline Fernandes, do Festival Latinidades; e Karla Danitza, do Enegrecer a Gestão Cultural, com mediação de Stéfane Souto, coordenadora de Economia da Cultura na Secult Salvador. Durante o bate-papo, será colocado em pauta a importância dos espaços culturais de aquilombamento no desenvolvimento de um cenário artístico-cultural negro cada vez mais fortalecido.
Eixos temáticos – As rodadas de negócios, umas das ações mais importantes que acontecerão durante o festival, terão o papel de aproximar os artistas e empreendedores locais de possíveis contratantes, compradores e de outros diferentes agentes de fomento, através da apresentação de projetos. Nesta edição, foram selecionadas propostas nas áreas de afroturismo, artes visuais e música. As reuniões acontecerão com players nacionais e internacionais, como os festivais de música Feira Preta, Yalodê e Negrofest (Colômbia), os museus Afro Brasil, Dragão do Mar, Muncab, MAC e MAM-BA e o projeto Flotar (México). Para as artes visuais, irão participar as agências de turismo Brafrika, Be Fly, Luck, Orinter e Adval.
A ação é realizada em parceria com profissionais e empresas com trabalhos relevantes em suas áreas. A articulação do eixo de Afroturismo foi tocada por Antônio Pita, da startup de afroturismo Diaspora.Black, e Tânia Neres, da Embratur. Nas artes visuais, a collab é com a Afrontart - Quilombo Digital de Artes, representada por Luana Kayodê e Raína Biriba. Já na área da música, o articulador é Ziati Comazi, produtor e gestor cultural da Nova Estação.
Shows gratuitos – Nos três dias, o festival será encerrado com música, a partir das 17h, no Pátio do Espaço Cultural da Barroquinha. Artistas e grupos musicais que se inscreveram nas rodadas de negócios serão selecionados para apresentar seus trabalhos ao vivo para os curadores do Festival, para os contratantes nacionais e internacionais e também para o público, que assistirá a três shows em cada noite. Além disso, no dia 24, haverá shows gratuitos de Larissa Luz, Baco Exu do Blues e Seun Kuti na Praça Cayru.
Oficinas – Oficinas gratuitas voltadas para pessoas negras também fazem parte da programação e estão com inscrições abertas. “Afroturismo” e “Precificação para empreendedores do Afroturismo”, “Circuitos Colaborativos” para artistas visuais, “Construindo candidaturas fortes para editais financiados por bancos internacionais” para produtores culturais e “Gestão de carreira” para artistas da música são algumas das formações que serão oferecidas, cada uma com 30 vagas.
* Por Luana Veiga. Foto: Betto Jr/Secom.
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