17 Jan 2024

Com benção e participação de Sarajane, Nininha recria 'A Roda'; ouça

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Uma das pioneiras do axé music, a cantora Sarajane não estacionou no tempo. Há mais de 35 anos, o Brasil conhecia, através do programa Fantástico, "A Roda", que viria a ser um dos maiores hits do gênero musical – também inaugurado naquela ocasião. Em 2024, ela se alia à nova geração da música baiana para lançar uma versão repaginada da canção. Ao lado de Nininha Problemática e DJ Xirita, Sarajane aposta em trazer elementos modernos para o remix que já está disponível em todas as plataformas digitais de áudio.

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A ideia de evocar "A Roda" veio de Nininha. "Eu estava ouvindo a música no YouTube e percebi quanto ela ainda é bem atual, porque tem a essência da música baiana, com a letra que provoca um duplo sentido. Logo imaginei que seria massa se uníssemos as duas gerações da música baiana", descreve a drag queen. Nininha acredita que a canção vai tocar bastante durante todo o ano, "não só no Verão, não só no Carnaval".

"Estou muito feliz e realizada em cantar com Sarajane, que é a matriarca da axé music. Eu, artista da nova geração da Bahia, tenho isso até como uma validação do meu trabalho nesses seis anos de carreira, sempre sendo posta à prova como profissional. Cantar um clássico do axé com a Sarajane é uma validação muito importante pra mim. É mostrar para a indústria musical que eu sou boa, e que eu faço as coisas muito bem", provoca Nininha.


Para Sarajane, como figura emblemática do axé music, que ganhou fama e rodou o mundo, "é importante gravar com a galera nova que está chegando". "Achei o máximo, gosto do arranjo do hip hop", pontua ela. "'A Roda' já virou cantiga de roda. É curtida por todas as idades e jamais perdeu a conexão, nem mesmo depois da internet", orgulha-se a cantora da composição que lhe rendeu disco de platina duplo pelas mais de 600 mil cópias vendidas.

Nininha Problemática · A Roda (REMIX)

​O DJ Xirita descreve que "A Roda (remix)" tem pitadas de afrobeat, lambada, piseiro, brega funk e até uma guitarra baiana, inspirada em Beto Barreto, do BaianaSystem. "Tem muita coisa. Quando comecei, pensei logo no Afrobeat, que é quase como se fosse uma lambada lenta. Funcionou bem, só que o Afrobeat ainda é uma parada muito gringa, e eu queria trazer mais o Brasil para a música. Então, fui incrementando com outras referências, como timbres e células próprias do lambadão, do piseiro e do brega funk. Abri 'A Roda' e misturei tudo! Uma verdadeira roda gigante!", brinca ele, que garante ter respeitado o sentimento da obra original.

E complementa: "Trabalhar com Sarajane é uma honra, é inscrever o meu nome na grandiosa história da música baiana. Eu tenho o maior orgulho da nossa música, de tudo que foi construído e ainda segue sendo construído por nossos artistas aqui. Só agradeço a ela pela confiança, e pela receptividade. Ela foi maravilhosa no estúdio comigo e com Nininha, muito aberta a nossas ideias, e principalmente paciente em gravar tudo que eu pedia".


* Publicado por Naiana Ribeiro. Fotos: Divulgação

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