Cine Metha Glauber Rocha completa 1º ano com projetos populares

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Após um breve fechamento, o Cine Metha Glauber Rocha, na Praça Castro Alves, em Salvador, voltou às atividades em 8 de dezembro de 2021, e desde então tem apostado em projetos populares para atrair cada vez mais público. 

Um dos poucos cinemas de rua existentes em Salvador, o complexo com quatro salas e vista para a Baía de Todos-os-Santos mantém viva a tradição centenária da área onde está, que recebeu seu primeiro cinema em 1919. 



A iniciativa de maior destaque é a retomada do antigo hábito de ir ao cinema nas manhãs de domingo, com matinês que já atraíram cerca de 900 pessoas em um único dia, ocupando os 641 lugares das quatro salas e exigindo a abertura de sessões extras. Os ingressos custam R$ 4,00, padrão de preço adotado nos projetos populares em andamento. 

“Um cinema de rua deve ser democrático ao máximo. Estamos trabalhando com linhas populares muito bem definidas, algo que poucos espaços estão buscando. Estamos muito contentes por levar um número significativo de pessoas que normalmente não podem pagar para entrar nas salas do Cine Metha Glauber Rocha”, enfatiza o sócio Cláudio Marques

O público também conta com preço de R$4,00 nos Clubes Metha, que acontecem em dias fixos e atingem diferentes públicos. Na terça-feira, o Clube Metha Melhor Idade é voltado para pessoas a partir de 65 anos, na quarta tem o Clube Metha Jovem, exclusivo para quem tem até 25 anos. A sequência é fechada na quinta-feira, com o Clube Metha Popular, oferecendo cinema barato para todas as idades. 

História
Instalado onde ocorreu a avant-premiere de Redenção, filme de Roberto Pires que foi o primeiro longa-metragem produzido na Bahia, o cinema tem apostado em uma programação que traz os grandes sucessos de público, sem deixar de lado filmes com menos apelo comercial. Vale lembrar que mesmo os ingressos comuns do Cine Metha estão abaixo da média da cidade, variando de R$ 20 a R$ 24 (inteira).


O prédio atual foi inaugurado em 2008, retomando a trajetória interrompida em 1998, quando o Cine Glauber Rocha foi fechado. A situação inquietou Cláudio Marques, que atuava como crítico de cinema, e buscou articulações para recuperar o espaço, se associando a Adhemar Oliveira e Leon Cakof (1948 -2011). 

Mantida desde a reabertura, independentemente do nome do patrocinador, a homenagem a Glauber Rocha originalmente ocorreu em 1981, ano da morte do cineasta. Sendo o quarto nome do espaço, que, em 1920, um ano após sua fundação como Cine Kursaal, foi rebatizado como Cine Teatro Guarany e, após seis anos fechado, foi reaberto em 1955 mudando a grafia para Guarani.

Fotos: Divulgação. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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