Cientistas criam modelos vivos de embriões humanos

Um fato inédito na ciência acaba de ser relatado. Cientistas conseguiram desenvolver os primeiros modelos vivos de embriões humanos primitivos. Os dois grupos que desenvolveram pesquisas sobre os blastoides, como são chamados os embriões, fazem parte da Monash University, na Austrália, e da University of Texas, nos Estados Unidos. As equipes querem compreender como problemas no desenvolvimento do feto no embrião podem levar a abortos espontâneos ou defeitos congênitos.
 
Os blastoides são conjuntos celulares semelhantes aos blastocitos, estágio de desenvolvimento do embrião cinco a dez dias após a fertilização do óvulo. Eles contêm todos os tipos de célula, mesma atividade bioquímica e estrutura geral dos embriões naturais, mas não são réplicas perfeitas e não podem, por exemplo, serem implantadas em um útero.
 
Porém, eles podem influenciar em pesquisas na área de engenharia de genética humana e até mesmo na clonagem de seres humanos, fator que levou a Sociedade Internacional para Pesquisas com Células-Tronco a desenvolver novas diretrizes éticas para o cultivo de modelos de embriões baseados em células-tronco, que devem ser publicadas em maio deste ano.
 
“Os blastoides permitirão aos cientistas estudar as primeiras etapas do desenvolvimento humano e algumas das causas da infertilidade, doenças congênitas e o impacto de toxinas e vírus em embriões precoces - sem o uso de blastocistos humanos e, principalmente, em uma escala sem precedentes, acelerando nossa compreensão e o desenvolvimento de novas terapias”, disse Jose Polo, líder do projeto na Monash University.
 
As equipes cultivaram seus blastoides a partir de células-tronco, que derivam da reprogramação de células adultas ou são extraídas de embriões. Elas foram cultivadas em placas de laboratório para serem desenvolvidas como embriões reais por uma semana, até se tornarem blastoides de tamanho e forma parecidas aos blastocitos naturais. Por motivos éticos, o cultivo de embriões humanos não deve ultrapassar 14 dias. Mesmo trabalhando com os blastoides, os pesquisadores seguiram o mesmo limite.
 
Fonte: exame.com.
 
Foto: Monash University/Reprodução. Siga o insta @sitealoalobahia.
 

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