Cerca de 70% dos negócios foram impactados negativamente pela pandemia, afirma pesquisa da PwC

Mais de 70% dos entrevistados na Pesquisa Global sobre Crises da PwC (Global Crisis Survey 2021) disseram que seus negócios foram afetados negativamente pela pandemia, enquanto 20% afirmaram que a crise teve um impacto positivo em sua organização. As empresas de tecnologia e saúde estiveram mais propensas a reagirem bem, enquanto os setores de viagens e hospitalidade sofreram os efeitos mais negativos. Já no Brasil, 62% dos entrevistados declararam que a pandemia impactou de forma negativa os seus negócios, com 33% afirmando que o efeito foi positivo.

Um ano depois de a Covid-19 ser declarada uma epidemia global, o estudo analisa a resposta da comunidade empresarial mundial à crise mais disruptiva dos últimos anos. Mais de 2.800 líderes de negócios – 135 no Brasil – compartilharam dados e percepções, representando organizações de todos os portes, de 29 setores da economia e de 73 países.

Segundo a pesquisa, 71% dos líderes no Brasil trabalharam com um plano de resposta a crises durante a pandemia, ante 62% dos entrevistados no mundo; e 88% dos brasileiros declararam ter reagido à crise levando em conta as necessidades físicas e emocionais dos empregados, ante 80% dos respondentes globais. Por outro lado, apenas 54% dos líderes brasileiros modificaram a estratégia corporativa em resposta à crise, ante 77% dos entrevistados internacionais. Em um exercício de autocrítica, 98% dos líderes de negócios no Brasil afirmaram que seus recursos de gestão de crises precisam ser melhorados, índice pouco acima dos 95% observados globalmente.

No mundo, o setor de turismo e lazer foi o mais afetado pela pandemia, com 86% das empresas sofrendo impactos negativos. O segmento de educação superior vem em segundo lugar, com 83%, e em seguida estão produção industrial e montadoras de veículos (80%), governo e serviços públicos (77%), serviços financeiros e energia, serviços de utilidade pública e recursos naturais (76%), mercado de consumo (72%), saúde (65%) e tecnologia, mídia e telecomunicações (61%).

“Em 2019, na primeira edição da pesquisa, 95% dos entrevistados esperavam uma crise nos próximos dois anos, mas uma pandemia não constava entre as ameaças elencadas. Apenas 35% das organizações tinham um plano bem estruturado de resposta a crises – uma marca registrada de quem se saiu bem –, o que significa que a maioria não se preparou. A pesquisa convida à reflexão e propõe que todos apostem na resiliência como forma de superar tempos difíceis”, observa Leonardo Lopes, sócio da PwC Brasil. “Infelizmente, a pandemia ainda não acabou e obstáculos ainda podem surgir no caminho durante algum tempo”, acrescentou.

A pesquisa está disponível para download em www.pwc.com/crisis-resilience. Para saber mais sobre a Pesquisa Global sobre Crises 2021 da PwC e sobre construção de resiliência, ouça os episódios mais recentes do podcast Emerge stronger through disruption.
 
Foto: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.

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