30 Mar 2023
CEO da Siemens cita projeto de empresa baiana como alternativa para reaquecer mercado eólico


De acordo com Clark, o excedente de energia eólica ocorre por três razões: aumento da oferta de energia solar; período chuvoso que favorece a geração hidrelétrica; e maior disponibilidade de energia solar distribuída (energia gerada pelos próprios consumidores, cujo excedente é injetado na rede de distribuição). Um cenário que pode perdurar de 12 a 18 meses.
“A indústria eólica é uma indústria de cadeia de valor integrada. Quando um parque eólico é vendido, já se vende a cadeia toda – as torres, as pás, os aerogeradores –, numa logística bastante específica e configurada para o Brasil. Esse excesso de demanda faz com que os projetos de afastem no tempo, também um pouco pela alta nos juros, fazendo com a demanda se vá”, disse em entrevista ao site Poder360.
Segundo a reportagem, um projeto desenvolvido no sertão da Bahia pode ser a grande solução para reaquecer o mercado eólico no Brasil. Trata-se do projeto de hidrogênio verde desenvolvido pela Quinto Energy, especializada em energias renováveis, com foco no combustível do futuro. De acordo com André Clark, a Siemens está analisando "quase uma dezena de projetos pelo Brasil", incluindo a construção de uma fábrica em Camaçari (BA), em parceria com a Quinto Energy.
Ele conta que os projetos têm duas "ondas". “A primeira deve ser usada para descarbonizar produtos difíceis de se descarbonizar e que o Brasil é rico. Aqui eu incluo as pelotas de ferro, que são exportadas, e o aço e mesmo a produção de fertilizantes”, afirmou. Na 2ª onda, seriam construídas fábricas de hidrogênio com maior escala de produção. “São os projetos que chamamos de escala de gigawatts [de energia renovável], com infraestrutura para transformar o hidrogênio verde em amônia para exportação”, destacou o CEO da Siemens Energy.
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