CEO da Siemens cita projeto de empresa baiana como alternativa para reaquecer mercado eólico

redacao@aloalobahia.com

Enquanto o mundo volta os olhos para o Brasil por conta de sua potência para produzir energias renováveis, multinacionais brasileiras demonstram preocupação com o excedente do produto. Isso porque, segundo o diretor-geral da Siemens Energy no Brasil, André Clark (foto), o excedente de energia renovável pode retardar investimentos no setor.

De acordo com Clark, o excedente de energia eólica ocorre por três razões: aumento da oferta de energia solar; período chuvoso que favorece a geração hidrelétrica; e maior disponibilidade de energia solar distribuída (energia gerada pelos próprios consumidores, cujo excedente é injetado na rede de distribuição). Um cenário que pode perdurar de 12 a 18 meses.

“A indústria eólica é uma indústria de cadeia de valor integrada. Quando um parque eólico é vendido, já se vende a cadeia toda – as torres, as pás, os aerogeradores –, numa logística bastante específica e configurada para o Brasil. Esse excesso de demanda faz com que os projetos de afastem no tempo, também um pouco pela alta nos juros, fazendo com a demanda se vá”, disse em entrevista ao site Poder360.

Segundo a reportagem, um projeto desenvolvido no sertão da Bahia pode ser a grande solução para reaquecer o mercado eólico no Brasil. Trata-se do projeto de hidrogênio verde desenvolvido pela Quinto Energy, especializada em energias renováveis, com foco no combustível do futuro. De acordo com André Clark, a Siemens está analisando "quase uma dezena de projetos pelo Brasil", incluindo a construção de uma fábrica em Camaçari (BA), em parceria com a Quinto Energy.

Ele conta que os projetos têm duas "ondas". “A primeira deve ser usada para descarbonizar produtos difíceis de se descarbonizar e que o Brasil é rico. Aqui eu incluo as pelotas de ferro, que são exportadas, e o aço e mesmo a produção de fertilizantes”, afirmou. Na 2ª onda, seriam construídas fábricas de hidrogênio com maior escala de produção. “São os projetos que chamamos de escala de gigawatts [de energia renovável], com infraestrutura para transformar o hidrogênio verde em amônia para exportação”, destacou o CEO da Siemens Energy.

Leia mais notícias na aba Notas. Acompanhe o Alô Alô Bahia no TikTok. Siga o Alô Alô Bahia no Google News e receba alertas de seus assuntos favoritos. Siga o Insta @sitealoalobahia e o Twitter @AloAlo_Bahia. Foto: Divulgação. 

NOTAS RECENTES

TRENDS

As mais lidas dos últimos 7 dias