CEO da Arezzo&Co, Alexandre Birman revela que inflação e falta de materiais começam a preocupar

CEO da Arezzo&Co, conglomerado de grifes de luxo fundado por seu pai em 1972, Alexandre Birman viu-se num cenário desafiador com a pandemia do novo coronavírus e acelerou a transformação digital da empresa - que é dona das marcas como Arezzo, Anacapri e Schutz.

Nesse processo, também adaptou sua equipe de vendedoras para os novos tempos, que demandariam mais vendas on-line. “O primeiro mês da pandemia foi difícil, mas eu gosto de ambientes com pressão. Fui treinado a vida inteira para superar desafios”, disse ele, em entrevista à Veja.

Desde a segunda quinzena do mês de maio, o grupo faz lançamentos quinzenais. "Isso tem nos ajudado a desenvolver o e-commerce e a superarmos as nossas metas. É preciso estar com novidades o tempo todo no site. No segundo trimestre, a nossa receita de e-commerce foi próxima a R$ 150 milhões de reais. No terceiro, deve terminar com cerca de R$ 165 milhões de reais. Ou seja, em seis meses eu vou ter faturado mais de R$ 300 milhões de reais, sendo que no ano passado inteiro eu faturei 220 milhões de reais no canal virtual", falou.

A Arezzo&Co lançou recentemente o marketplace ZZ Mall, onde quer concentrar as principais marcas do ramo da moda. Com a proximidade do Natal, o grupo pretende explorar a vacância nos shopping centers para inaugurar lojas permanentes e, em alguns casos, temporárias.

Na entrevista, entretanto, Birman falou que está preocupado com a escassez de algumas matérias-primas, o que começa a pressionar os preços de seus produtos para o consumidor final. “Hoje, por incrível que pareça, há mais oferta que demanda por alguns produtos. Isso acontece porque muitas das fornecedoras de matérias-primas básicas fecharam ou suspenderam a operação durante a pandemia. Essa escassez, aliada ao dólar alto, começa a causar inflação em alguns segmentos”, revelou.

Foto: Arezzo&Co/Divulgação. Siga o Insta @sitealoalobahia.

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