22 Apr 2023

Centro Cultural Palácio da Sé ganha imagem sacra do século XVIII em seu acervo

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Uma imagem sacra do século XVIII, de Nossa Senhora do Presépio, será incorporada ao acervo do Centro Cultural Palácio da Sé - Dom Sebastião Monteiro da Vide, na Praça da Sé, em Salvador. A obra, que teria pertencido à coleção de Stanislaw Herstal, poderá ser visitada a partir de quarta-feira (26), na instituição, que busca oferecer à população um panorama sobre a história do Brasil a partir da expressão cultural e artística do período colonial.

Estudos de historiadores apontam que a imagem integrou a cena principal de um presépio de alto valor em que figurava ao lado do menino Jesus em seu berço de palha e de São José. Ainda de acordo com pesquisas, antes de ser adquirida por particulares, a imagem teria pertencido à antiga Sé da Bahia, demolida em 1933. A aquisição da peça foi viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, com o patrocínio da PetroReconcavo e Suzano.

Além da imagem de Nossa Senhora do Presépio, outras duas obras de imaginária sacra cristã setecentista, identificadas pelo Antiquário Itamar Musse, estão no projeto cultural do Tecnomuseu, em captação para integrar o acervo do centro cultural.
 

“A aquisição dessas obras é uma oportunidade para a democratização deste acervo do século XVIII, propiciando o início de ação de completude necessária para entendimento e disseminação de conhecimento sobre a Arte deste período em sua face mais representativa, a religiosa”, explica o historiador da arte e professor Luiz Freire.
 
Para o presidente do Centro Cultural Dom Sebastião Monteiro da Vide, o cônego José Abel Pinheiro, a chegada da imagem tem um importante significado para a Igreja e para a história. “Estamos otimizando, acrescendo, elevando ainda mais o acervo da nossa instituição. É uma aquisição que representa um resgate da história. Esta imagem, que fora do presépio da antiga Sé da Bahia, e que, naquela época, não sei em quais circunstâncias, foi vendida como tantos outros objetos sacros, passou a pertencer a um acervo particular”, conta.

“Agora, por generosidade e espírito comunitário, social e de resgate da história, estamos recebendo essa imagem. Somos agradecidos e pedimos que outras empresas e empresários possam nos ajudar a resgatar a história e assim mostrar para o povo da Bahia e do Brasil as grandes belezas que nós temos, frutos da fé, da história e do amor dos artistas que fizeram essas imagens”, pede Pinheiro.

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Fotos: Pico Garcez.