10 Nov 2022
Casa de praia de Astrid Fontenelle em Morro de São Paulo é destaque na Casa Vogue; veja fotos


A reportagem de Lúcia Gurovitz, com produção de Lucas Freitas e fotos de Ruy Teixeira destaca a escolha do mobiliário generoso para acomodar muitas pessoas na área social, ambiente que funciona como uma grande varanda, entre as outras áreas comuns da casa.

Na matéria, Astrid revela que não tinha planos de tocar uma obra à distância. “Não me sentia capaz”. Até que veio a pandemia e ela se trancou com o filho, Gabriel, no apartamento de São Paulo, enquanto o marido, Fausto Franco, permaneceu em Salvador, onde trabalhava como secretário de turismo da Bahia e a família acabou ficando separada por meses. “Perto do fim do ano, sugeri ao Fausto que procurasse um lugar deserto para a gente passar o verão. Ele pesquisou e descobriu a Quarta Praia, de Morro de São Paulo”, conta.

Astrid alugou uma casa no vilarejo. Veio o contato com a natureza, a alegria do filho em seus passeios de bicicleta pela praia e a apresentadora decidiu ter um pouso fixo no lugar. “Deitava na rede e paquerava o terreno vago em frente.” Mas ela só se convenceu ao saber que, apesar do isolamento, caso necessário, um avião poderia pousar na ilha, mesmo à noite, para resgatar alguém doente ou machucado. “Sou mãe, me preocupo.”

Coube ao arquiteto Adriano Mascarenhas, velho conhecido de Fausto, assumir o projeto. “Pedi uma casa onde a vida acontecesse mais fora do que dentro. Ah, e muito importante: que tivesse uma parede grande o suficiente para abrigar a baiana”. Um retrato feito por J.R. Duran nos anos 1980, comprado em 2019 da jornalista Mônica Figueiredo, então de mudança para Portugal.

Muitas características do apartamento em São Paulo estão presentes na casa de Morro de São Paulo, como o apreço pela leitura, arte e artesanato - destaque para os dois cocares comprados em Porto Seguro, em duas ocasiões, com 40 anos de diferença entre elas, e para as obras do artista baiano Chico Flores, que pinta sobre madeira descartada.

A construção levou um ano. “Os materiais chegavam de caminhão em Valença, no continente. De lá, iam de barco para Morro de São Paulo e de trator até o terreno”, conta Astrid. Os donos do resort, já enturmados com a família, emprestaram um galpão para o armazenamento e ajudaram a supervisionar a obra. Outro amigo, o designer de interiores Newton Lima, entrou em cena para cuidar da decoração. “Desenhei o layout com base na planta baixa. Depois, Astrid me acompanhou em cada escolha”, ele lembra.

A ideia, a princípio, é usar a casa em feriados prolongados e nas férias de verão. Porém o local está equipado para estadias mais extensas. “Temos internet rápida, home office. Dá para morar tranquilamente. Daqui a dez anos, quem sabe?”

