4 Mar 2023
Cartunista Paulo Caruso, do programa ‘Roda Viva’, morre aos 73 anos

Irmão gêmeo do também cartunista Chico Caruso, ele registrou a história com traços rápidos, muitas vezes ao vivo durante o programa ‘Roda Viva’, da TV Cultura, onde ainda trabalhava.
Formado em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP), não chegou a exercer a profissão.
Também era ilustrador e músico. Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba (SP), uniu a paixão pela música ao amor pelos cartuns e montou uma banda só com cartunistas.
No programa ‘Conversa com Bial’, da TV Globo, afirmou que ele e o irmão começaram cedo na arte do desenho. “Desde os 4, 5 anos de idade a gente desenhava sem parar, incentivado pelo nosso avô materno, que era pintor amador, pegava na mão da gente e ensinava a desenhar. Foi quem me ensinou a tocar violão também”, contou. O engajamento político começou cedo, aos 14 anos, com o início do regime militar.
Paulo Caruso começou a vida profissional no Diário Popular no final da década de 1960 e também colaborou com os jornais Folha de S.Paulo e Movimento.
Nos anos 70, foi para O Pasquim, onde atuou com Millôr Fernandes (falecido em 2012), Jaguar e Ziraldo. A partir de 1988, publicou, na revista IstoÉ, a coluna de humor Avenida Brasil, onde sintetizou, com sátira e humor, vários momentos da nossa história política.
Em 1992, lançou o livro 'Avenida Brasil', no qual reuniu centenas de charges políticas, publicadas em jornais e revistas. O principal foco, na época, era o presidente Fernando Collor de Mello. Também é autor de 'As Origens do Capitão Bandeira' (1983), 'Ecos do Ipiranga' (1984), 'Bar Brasil na Nova República' (1986) e 'A Transição pela Via das Dúvidas' (1989).
Recebeu diversos prêmios, entre eles, o de Melhor Desenhista pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 1994. Com informações da TV Globo e portal g1.
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