Capa do caderno Ela, cantora baiana Assucena fala sobre nova fase na carreira, transição de gênero e um novo amor

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Capa do caderno Ela, do jornal O Globo, deste domingo (29), a cantora baiana Assucena, celebra algumas conquistas. A mais recente é o disco que coroa sua carreira solo, “Lusco-Fusco”, lançando após o encerramento, em 2021, da banda As Baías — anteriormente, As Bahias e a Cozinha Mineira —, da qual fez parte durante seis anos ao lado da cantora Raquel Virgínia e do guitarrista Rafael Acerbi.

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“Esse disco significou muito para entender minha travessia. Fala sobre os afetos e o amor do ponto de vista de uma mulher trans. Me sinto mais à vontade e segura agora”, diz ela à reportagem do suplemento.
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Com a banda, a cantora conquistou um feito inédito. Foi a primeira mulher trans, ao lado de Raquel, a ser indicada duas vezes ao Grammy Latino. Em 2019 e 2020, os discos “Tarântula” e “Enquanto estamos distantes”, respectivamente, concorreram na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.

“Isso representou o reconhecimento de uma trajetória pessoal e coletiva árdua e bonita. Pessoas trans sempre produziram obras de arte e uma linguagem que, geralmente, estava nos espaços de marginalidade social. É histórico porque abre portas para a dignidade e a normalização dos nossos corpos”, celebra.
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“Lusco-Fusco”, lançado no fim de setembro, com produção de Rafael Acerbi e do músico Pupillo e direção artística própria e da cantora Céu, será apresentado no festival Rock the Mountain, em Petrópolis, nos dias 4, 5, 11 e 12 de novembro. A obra “nasceu” depois que Assucena retornou às origens. Ainda em 2021, passou três meses em Vitória da Conquista, na Bahia, onde nasceu, e mergulhou na obra de Gal Costa (1945-2022). “Ela foi minha mestra e maior influência, com sensibilidade e beleza enormes. Gal mudou todos os meus planos”.

Na reportagem, a artista fala ainda sobre sua transição de gênero, relação com a família e um novo amor. Ela está namorando há quase três anos com um comerciante. O casal se conheceu pela internet. “É a primeira vez que me relaciono com alguém de forma tão íntima. É alguém com quem sonho uma vida junto”, conta.

De acordo com a reportagem, o parceiro tem sido importante para que Assucena lide com as próprias inseguranças. “O corpo travesti tem muitas disforias. Eu era insegura sobre minha beleza, não ter seios ou uma vagina. Poderia ser um problema, já que ele só namorou mulheres cisgêneras. Mas ele me ajuda e é muito maduro.”


Por Gabriela Cruz com informações do jornal O Globo. Foto: Maria Júlia Magalhães

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