9 Dec 2023
Buenos Aires é a cidade mais barata da América Latina; Confira o ranking mundial

Quanto mais forte a moeda, mais cara a cidade. Essa é a base do ranking publicado todos os anos pela publicação britânica The Economist: quanto um dólar pode comprar em cada uma das cidades analisadas.
A cidade mais barata no ranking continua a ser Damasco, a capital da Síria, apesar de a média de preço na moeda local ter aumentado 321% no ano. Mais próximo do Brasil, embora as autoridades estimem que a inflação na Argentina terminará 2023 em 180% ao ano, a capital argentina é a cidade mais barata da América Latina e do Caribe.
O custo de alimentos, bebidas alcoólicas ou roupas em Singapura, a cidade mais cara do mundo para se viver, é equivalente a uma pequena fortuna, segundo o levantamento da da revista britânica. Por lá, uma coisa que tem um valor de extremo luxo é o custo de um certificado necessário para comprar um carro: a versão mais barata deste documento superou a cifra de US$ 106 mil (R$ 521 mil) no início de outubro. A cidade introduziu o sistema de certificado de titularidade (conhecido pela sigla COE) em 1990 como uma medida para aliviar os congestionamentos.
Zurique é sempre cara, especialmente em setores como alimentos, utensílios domésticos e entretenimento. A maior cidade da Suíça ficou em primeiro lugar em 2020 e raramente sai das dez primeiras posições do ranking.
A fraqueza recente do dólar fez com que as cidades americanas caíssem no ranking este ano. Nova York, a cidade mais cara do ano passado, caiu para o terceiro lugar. Nessa posição, aparece ao lado de outra cidade suíça — Genebra.
Para a Unidade de Inteligência da The Economist, a crise global do custo de vida que começou em 2022 ainda persiste em 2023, apesar de os preços cobrados pela energia e os problemas da cadeia de abastecimento terem diminuído.
Mesmo assim, a inflação continua elevada em todo o mundo: os preços dos 200 produtos e serviços que foram analisados pela revista aumentaram em média 7,4% durante 2023. Este valor é ligeiramente inferior aos 8,1% de 2022, mas ainda fica bem acima da média de 2,9% dos cinco anos anteriores.
As cidades mais baratas
A cidade mais barata no ranking continua a ser Damasco, a capital da Síria, apesar de a média de preço na moeda local ter aumentado 321% no ano.
A retirada dos subsídios governamentais e a desvalorização da moeda fizeram com que os custos de importação disparassem por lá.
Nas últimas posições do ranking, também aparecem Teerã (Irã) e Trípoli (Líbia). A taxa de inflação em Teerã é elevada, quase 49%, enquanto os preços em Trípoli subiram pouco mais de 5% no ano passado.
A The Economist afirmou que as três cidades são particularmente baratas em alimentos, bem como em itens domésticos e de higiene pessoal.
América Latina
No estudo deste ano, as três cidades que mais subiram no ranking estão na América Latina. Foram Santiago de Querétaro e Aguascalientes, no México, e San José, capital da Costa Rica.
Embora o ranking deste ano abranja 173 das principais cidades do mundo, a média global foi calculada excluindo Kiev (Ucrânia) e Caracas (Venezuela), que continuam a enfrentar um ciclo de hiperinflação acima da curva.
Na América Latina, a Cidade do México é a mais cara. "Em 2023, o peso mexicano provou ser uma das moedas mais fortes dos mercados emergentes, graças aos aumentos das taxas de juro e ao forte investimento interno", detalha a revista.
"Os bancos centrais de grande parte da América Latina foram os primeiros a seguir os aumentos das taxas de juros da Reserva Federal dos EUA para apoiar as moedas locais. Como resultado, o peso mexicano e o colón costarriquenho se fortaleceram", explica a publicação.
Três cidades brasileiras aparecem no ranking da The Economist: São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus. Elas têm uma posição intermediária na América Latina — são mais caras que Assunção (Paraguai) e Buenos Aires (Argentina), mas mais baratas que Quito (Equador), Santiago (Chile) e Montevidéu (Uruguai).
*Publicado por Kirk Moreno, com informações da BBC. Foto: Getty Images.
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