Brasil tem 84,5% das pessoas com pelo menos um tipo de preconceito contra as mulheres, diz ONU

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Uma pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgada nesta segunda-feira (12), mostra que quase 90% da população mundial tem algum tipo de preconceito contra as mulheres. O relatório comprova que o o sexismo, de homens e entre as próprias mulheres, chega a legitimar atos de violência física e psicológica, sendo altamente prejudicial.

O estudo foi feito em 80 países e analisou quatro dimensões sobre preconceito de gênero em que meninas e mulheres enfrentam desvantagens e discriminação, como Integridade Física, Educacional, Política e Econômica.

Em termos de Brasil, 84,5% dos entrevistados têm pelo menos um tipo de preconceito contra as mulheres, sendo os piores indicadores em relação à integridade física, avaliando violência íntima e o direito à decisão de querer ou não ter filhos. 

A educação tem o menor índice de preconceito, com 9,59% dos entrevistados acreditando que a universidade é mais importante para o homem do que para a mulher. Já na política, 39,91% das pessoas acreditam que mulheres não são tão boas políticas quanto os homens.

Segundo o relatório do PNDU, apenas 15,5% dos brasileiros dizem não ter preconceito contra mulheres, número que era de 10,2% em 2012, um pequeno avanço. Com isso, o Brasil traz resultados semelhantes a países como Guatemala, Bielorússia, Romênia, Eslováquia, México e Chile.

Situação mundial 

No cenário global, o estudo revela que mais de 25% da população acredita que é justificável um homem bater em sua esposa. Neste contexto, cerca de 87% das mulheres e 90% dos homens apresentaram pelo menos um preconceito de gênero nas dimensões analisadas.

No mundo, quase 50% das pessoas acreditam que os homens são melhores líderes políticos do que as mulheres e mais de 2 em cada 5 pessoas concordam que os homens são melhores executivos de negócios do que as mulheres.

Dado o cenário, especialistas do PNDU concluíram que, apesar de campanhas em todo o mundo pelos direitos das mulheres, o número de pessoas que têm preconceito contra elas quase não diminuiu nos últimos 10 anos. 

Segundo o programa, o caminho para melhorar os índices passam pelo fortalecimento dos sistemas de proteção e assistência social, pela promoção da inclusão financeira para geração de renda a longo prazo, pelo combate à desinformação de gênero e também ao discurso de ódio e violência e pelo investimento em leis e medidas políticas que promovam a igualdade das mulheres na política.

* Com informações do g1.

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Foto: AFP/Abaad/P.Baz.

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