Brasil resgata acervo de 144 filmes que estavam na Itália: 'Um reencontro do país com sua cultura', diz ministra

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O cinema brasileiro comemora 125 anos nesta segunda-feira (19) e a data não poderia ser celebrada de forma mais simbólica. O Brasil resgatou um importante acervo cinematográfico com 144 obras nacionais, um verdadeiro tesouro que estava em Roma, na Itália, desde 1979, e agora retorna à guarda da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), vinculada ao Ministério da Cultura (MinC).

“Uma vitória da cultura neste dia especial! É muito simbólico que no ano que retomamos o Ministério, que os investimentos no audiovisual voltaram, a gente consiga trazer de volta esse valioso patrimônio do cinema nacional. O retorno desse acervo é um reencontro do país com sua própria cultura, com sua memória e sua identidade. Reforça também a importância do trabalho de preservação e de difusão das obras para os estudiosos e os amantes do cinema, que será feito aqui pela Cinemateca Brasileira”, comemorou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Os filmes antigos e de diversos gêneros estão distribuídos em 524 rolos em acetato, equivalente a quase duas toneladas. Segundo explicou o Chefe do Setor Cultural da Embaixada do Brasil em Roma, Hudson Caldeira, a repatriação dos filmes é um desejo antigo que, dada a complexidade da operação, ainda não havia sido realizada.

No entanto, com a preparação da visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Roma, em junho de 2023, foi aberta uma nova oportunidade de enviar o patrimônio de forma segura ao Brasil, utilizando uma aeronave das Força Aérea Brasileira (FAB), com autorização da Presidência da República. A partir disso, a Secretaria do Audiovisual do MinC, a ANCINE e a Cinemateca Brasileira entraram em campo para organizar o recebimento e o encaminhamento dos filmes no país.

Por que o acervo estava em Roma?

O acervo encontrava-se em Roma, na Itália, desde outubro de 1979, quando foi fechado o escritório da antiga Embrafilme na capital italiana. Já em 1990, a empresa foi extinta antes de trazer os filmes de volta ao Brasil. Assim, as obras acabaram sob a custódia provisória da Embaixada do Brasil em Roma que tentou, por décadas, enviá-los de volta ao país.

Dadas as dificuldades técnicas e os altíssimos custos envolvidos em enviar o patrimônio por via postal, considerou-se mais adequado fazer o transporte por meio de aeronave da FAB.

Confira aqui a lista de obras repatriadas

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Foto: Filipe Araújo/Minc.

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