'Brasil pode perder soberania da Amazônia para crime organizado', diz Luis Roberto Barroso

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira (17) que o Brasil pode perder a soberania do território amazônico para o crime organizado. 
 
A declaração foi feita durante apresentação em Davos, na Suíça, onde é acontece o Fórum Econômico Mundial de 2024. A crise climática é um dos temas centrais do Fórum neste ano.
Segundo Barroso, o risco existe pela relevância que a região amazônica passou a ter no comércio internacional de drogas, com municípios situados nas rotas hidroviárias e rodoviárias usadas pelos traficantes.
 
Barroso disse também que a Amazônia é vítima de um conjunto amplo de crimes ambientais. Ele expressou preocupação que essas práticas ilícitas "contaminem" o ambiente político, já que "madeireiros, garimpeiros e grileiros têm votos ou se candidatam".
 
Como exemplo de atividades criminosas que acontecem no território da Amazônia, Barroso citou desmatamento, queimadas, extração e comércio ilegal de madeira, mineração ilegal e grilagem de terra.
 
O ministro defendeu a mineração industrial legal, acompanhada de estudo de impacto ambiental e medidas preventivas e reparatórias adequadas. Segundo ele, embora não seja inofensiva, a prática pode contribuir para a riqueza da região e "produz muito menos impacto sobre a floresta do que outras atividades, como a pecuária, a agricultura, a exploração de madeira e o garimpo".
 
Barroso também comentou a importância da discussão de temas como drogas e segurança pública “sem preconceito” no Brasil. Para isso, o ministro deve organizar um evento no Conselho Nacional de Justiça para tratar dos temas “sem superstição, com criatividade, com originalidade e o que seja bom para o Brasil, sem copiar modelos alienígenas”.

* Por Antonio Dilson Neto | Foto: Reprodução/Fórum Econômico Mundial

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