5 Aug 2021
Brasil é o segundo maior alvo mundial de ciberataques, diz estudo

Em terceiro lugar aparece a Coreia do Sul, com 385.808 ataques (6,3%), seguida pelo Reino Unido, com 348.330 (5,7%), e pela China, com 256.985 (4,2%). Os dados coletados pela companhia de soluções digitais e de cibersegurança correspondem a uma média feita com base no monitoramento em tempo real de cerca de 30% de todo o tráfego de IPs do planeta.
Os ataques registrados foram do tipo de negação de serviço distribuído (DDoS, na sigla em inglês), que são aqueles que se utilizam das características e limitações de qualquer rede de serviços para comprometer seu funcionamento.
Os dados indicaram, ainda, que as principais origens dos ataques sofridos pelo Brasil foram EUA (62,4%), o próprio país (60,8%), Reino Unido (21,1%), Holanda (31,1%) e Alemanha (30,9%), considerando que uma única ação criminosa pode vir de múltiplos locais.
Por outro lado, apesar de não liderar o ranking dos países de onde saem mais ataques de DDoS, o Brasil oscila entre os 15 primeiros maiores emissores do mundo, através da construção de botnets (redes de robôs) no país, segundo explicou em entrevista à Agência Efe o diretor da Netscout Arbor no Brasil, Geraldo Guazzelli.
"O Brasil é alvo de ataques há muitos anos por ser um país grande, com visibilidade global, um dos maiores provedores de alimentos para o mundo. Mas, de alguns anos para cá, o Brasil vem sendo também gerador de ataques", explicou o especialista em cibersegurança.
"A explicação é profunda, mas o entendimento é muito simples. Somos um país de cerca de 212 milhões de habitantes e atingimos um nível de digitalização considerável, então passamos a ter capacidade de gerar esses ataques", acrescentou ele.
Os dados coletados pela Netscout em 2021 também comprovam uma tendência de aumento de números de ataques acentuada pela pandemia da covid-19, que tornou necessário o isolamento social e provocou uma revolução no uso da internet em todo o mundo, elevando também os riscos cibernéticos.
Em 2020, houve um aumento de 50% na frequência de ataques DDoS na América Latina e de 36% no Brasil, com um total de 10.089.687 em todo o mundo, número 20% superior ao registrado em 2019 pela companhia.
Fonte: Efe
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