Brasil e Argentina refletem sobre moeda comum sul-americana; saiba mais

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Os presidentes do Brasil e Argentina, Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández, assinaram juntos um artigo no jornal argentino "Perfil" em que anunciam o desejo de criarem uma moeda comum sul-americana para transações comerciais e financeiras. O texto foi divulgado neste domingo (22), um dia antes do primeiro encontro bilateral entre os dois chefes de estado após a posse de Lula.

“Pretendemos quebrar as barreiras em nossas trocas, simplificar e modernizar as regras e incentivar o uso de moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda sul-americana comum que possa ser usada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa”, escreveram os dois.

A ideia é que os países, pelo menos inicialmente, sigam usando suas próprias moedas, apostando na moeda comum para as transações entre nações, sem depender do dólar. O projeto não é exatamente uma ideia nova e já foi defendida até mesmo pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

Especialistas, no entanto, veem a criação de uma moeda comum na América Latina com ceticismo, principalmente dadas as discrepâncias econômicas entre os países da região. Há uma concordância, por outro lado, de que a política monetária unificada possa resultar em maior eficiência e potencial de crescimento dos mercados.

O jornal "Financial Times" repercutiu o artigo do diário argentino e declarou que a medida pode, eventualmente, criar a segunda maior moeda de um bloco econômico do mundo. À publicação britânica o ministro da economia argentino, Sergio Massa, afirmou que a discussão é o primeiro passo de um longo caminho a trilhar.

Em tempo, um possível nome para a nova moeda é “sur”, "sul" em espanhol.

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