Bolsonaro discursa na abertura da 77ª Assembleia Geral da ONU

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou, nesta terça-feira (20), na abertura da 77ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Esta foi a quarta vez em que ocupou esta tribuna e leu seu texto para mais de uma centena de chefes de Estado.

Por tradição, o Brasil é o primeiro país a discursar na sessão de debates da Assembleia Geral da ONU. Antes de Bolsonaro, tiveram a palavra Antonio Guterres, secretário-geral do órgão, e Csaba Korosi, presidente da assembleia.
 
Em sua fala, o presidente fez uma defesa de sua gestão no enfrentamento à pandemia de Covid-19, dizendo que “não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos”. “Somos uma nação com 210 milhões de habitantes e já temos mais de 80% da população vacinada contra a Covid-19. Todos foram vacinados de forma voluntária, respeitando a liberdade individual de cada um”, afirmou.
 
Bolsonaro também listou realizações do seu governo e citou casos de corrupção associados à gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário na disputa pelo Palácio do Planalto. O presidente ainda falou sobre a transposição do Rio São Francisco e disse que a pobreza “já começou a cair de forma acentuada” no Brasil. “Os números falam por si só. A estimativa é de que, no final de 2022, 4% das famílias brasileiras estejam vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%”.
 
O discurso de Bolsonaro também contemplou um pedido de reforma do sistema da ONU. “O conflito na Ucrânia serve de alerta. Uma reforma da ONU é essencial para encontrarmos a paz mundial. No caso específico do Conselho de Segurança, após 25 anos de debates, está claro que precisamos buscar soluções inovadoras. O Brasil fala desse assunto com base em uma experiência que remonta aos primórdios da ONU”, disse.
 
Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, o presidente defendeu “um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito”. “A solução será alcançada somente pela negociação e pelo diálogo. Faço aqui um apelo às partes, bem como a toda a comunidade internacional: não deixem escapar nenhuma oportunidade de pôr fim ao conflito e de garantir a paz. A estabilidade, a segurança e a prosperidade da humanidade correm sério risco se o conflito continuar”, declarou.

Foto: Eduardo Munoz-Pool/Getty Images. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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