Bandagem mecânica é grande aliada em cuidados pós-cirurgias plásticas; conheça o taping

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Após o ‘apagão’ dos primeiros meses da pandemia, quando ainda se sabia pouco sobre o vírus, e havia a recomendação para a suspensão das cirurgias eletivas (não urgentes), as pessoas passaram a ver o período de isolamento social imposto pela pandemia como o ideal para a realização de cirurgias plásticas, sejam elas estéticas ou reparadoras. Embora não haja dados oficiais, o número de atendimentos após a liberação das cirurgias eletivas tem sido mais constante, como garante a fisioterapeuta Nieuma Lobo (@posoperatorio_salvador)

Especialista em tratamento pós-operatório, a profissional confirma que o aumento se dá tanto por conta da demanda que ficou reprimida durante a primeira e segunda onda da Covid-19, mas, também, pelo fato de as pessoas associarem este momento a um período ideal para se recuperarem sem precisar se deslocar até o trabalho. 

Nesse sentido, ela alerta que o acompanhamento de um profissional capacitado, aliado às novas técnicas disponíveis no mercado, a exemplo do taping (bandagem mecânica), podem garantir uma recuperação mais rápida e eficiente. 

“O uso do taping otimiza cerca de 40% do tratamento, pois possui um controle do edema significativo, além da redução da quantidade de fibroses. A bandagem controla a dor, dá mais conforto e segurança ao paciente, aumenta a mobilidade (que é um fator importante para uma boa recuperação) e, caso a cirurgia permita, o paciente pode tomar banho com as fitas aplicadas sem que se perca o seu efeito terapêutico”, destaca. 

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A fisioterapeuta Nieuma Lobo é uma das precursoras da técnica em Salvador

O taping é uma técnica terapêutica relativamente nova. Em Salvador, começou a ser utilizada entre 2015 e 2017, e a doutora Nieuma foi uma das precursoras. Ela explica que antes do surgimento das bandagens no centro cirúrgico, os pacientes de cirurgia plástica eram encaminhados à fisioterapia com 24 horas ou até cinco dias, com o objetivo de realizar drenagem linfática. 

Mas, segundo a fisioterapeuta, focar apenas no edema, com drenagem é uma forma incompleta, reduzida e ineficaz de tratar o paciente, uma vez que o reparo tecidual é um processo e que existe outras fases de cicatrização que pode causar sequelas funcionais e emocionais ao paciente. “É preciso reabilitar esse paciente para que ele retorne as suas atividades tanto domésticas quando laborais rapidamente e de forma saudável e funcional”, diz. 

De acordo com a especialista no tratamento convencional, apenas com proposta de drenagem e aparelhos, o paciente chega a fazer de 15 a 20 atendimentos no total e, nos casos em que o paciente apresente fibroses de difícil resolução, pode estender para 30 atendimentos ou o paciente desiste e vai procurar um fisioterapeuta especializado no tratamento de fibroses. 

“Com essa nova ideia de condução do reparo tecidual, o que inclui a bandagem mecânica, o paciente chega a fazer de 4 a 8 atendimentos de pós-operatório a depender da cirurgia e de cada organismo”, conclui.

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