Balé Folclórico da Bahia receberá patrocínio da prefeitura de Salvador pela primeira vez na história do grupo

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Com apoio estadual suspenso desde 2019, o Balé Folclórico da Bahia quase encerrou suas atividades na pandemia. Agora, pela primeira vez na história de 35 anos de existência, o grupo receberá patrocínio direto da Prefeitura de Salvador, através de convênio assinado nesta terça-feira (16), pelo prefeito Bruno Reis. O balé é a maior e mais importante companhia profissional de dança folclórica do Brasil.

Em conversa com o Alô Alô Bahia, Vavá Botelho, coreógrafo e diretor do balé, informou que o contato com a prefeitura foi articulado há cerca de dois meses, por meio de Pedro Tourinho, secretário de Cultura e Turismo (Secult). Segundo Botelho, por muitos anos o grupo tentou apoio municipal direto, mas nunca houve aceno positivo. O aperto de mãos tão esperado acontece às 18h30, numa apresentação do grupo, no Pelourinho.

"Fui procurado por Pedro Tourinho através da assessoria dele e depois tivemos uma primeira reunião para manter uma aproximação. Este convênio tem máxima importância desde que retomamos nossas apresentações. Hoje, estamos sobrevivendo da renda da bilheteria, que não é suficiente para manutenção de espetáculos diários, como fazíamos", conta o diretor.

O apoio municipal contribuirá para a manutenção das atividades em todo o ano de 2023 e vai auxiliar no custeio dos artistas, do pessoal do administrativo, na manutenção do imóvel e de espetáculos, dentre outras ações. 

Ao todo, mais de 7,4 mil espetáculos já foram realizados pelo grupo e 800 bailarinos já passaram pelo Balé, sendo que, destes, muitos eram de bairros periféricos e hoje estão em grandes companhias internacionais, com apresentações na Broadway, por exemplo. 

"É um resultado social que, às vezes, para mim tem mais valor do que o resultado artístico. São pessoas daqui que estão nas maiores companhias de dança do mundo. Demos esse caminho para quem já tinha o talento natural", conta.

O Balé Folclórico da Bahia funciona há 28 anos no Teatro Miguel Santana, imóvel cedido pelo governo estadual, no Pelourinho. A história do grupo será contada num documentário produzido pela atriz Glória Pires, que pela primeira vez atua como diretora numa produção. O filme tem apoio financeiro da Fundação Gregório de Mattos (FGM).


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Foto: Marisa Vianal/Divulgação.

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