Baiana, Ju Ferraz conta como é comandar um dos mais badalados camarotes da Sapucaí

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Durante os três dias do Camarote Brahma N° 1, um dos mais badalados da Sapucaí, a baiana Ju Ferraz chega a trabalhar 18 horas por dia. De Salvador, mas morando em São Paulo há 19 anos, ela "se muda" para o Rio de Janeiro uns dez dias antes do Carnaval para cuidar da comunicação do espaço e sua relação com marcas.

Com uma equipe de 200 pessoas envolvidas diretamente, o camarote funciona nos dias 11, 12 e 17 de fevereiro, das 19h às 7h. Diretora de negócios, relações públicas e uma das sócias da Holding Clube, ela está à frente do camarote há quatro anos.

Ju conta que o trabalho dura o ano inteiro. Acaba o Desfile das Campeãs e já começa a pensar na festa do ano seguinte. Mas, é justamente quando a folia de Momo se aproxima que a carga de trabalho fica ainda mais pesada. Mas ela não reclama. Ama o que faz. Nasceu em 9 de fevereiro, mesmo dia de Carmem Miranda, e diz que o Carnaval "é como uma cachaça, é uma paixão".

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"Me orgulho de fazer parte dessa história, de um camarote que foi pioneiro entre os camarotes no Brasil, quase o pai dos camarotes", diz, se referindo aos mais de 30 anos do Camarote Brahma. Ela conta que uma das novidades deste ano é que o espaço está maior. Aumentou a metragem, mas mantém o público de 3.500 pessoas por dia. "Sabrina Sato é a nossa musa, a gente costuma dizer que quando ela ficar velhinha vai continuar sendo nossa musa. Esse ano também teremos uma atração muito potente, mas não posso dizer quem é. Posso adiantar que é uma musa brasileira que tem uma repercussão muito grande internacionalmente".
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Durante a folia, uma das maiores alegrias é ver as pessoas sendo felizes em um projeto que ela ajudou a construir. Mas assumir esse comando também tem um lado difícil. Desde o dia 2 de janeiro que as mensagens com pedidos de ingressos/nome na lista para o camarote pipocam no celular da baiana. "A parte difícil é não conseguir atender a todas as pessoas. Espero que entendam que eu estou falando de um negócio. Não é minha casa, não é o meu aniversário, é um projeto grande, que envolve muitos milhões de reais, são convidadas pessoas que estão atreladas à imagem do camarote, às marcas, e também tem ingressos à venda. Tem gente que entende, mas também tem quem fique muito chateado", comenta Ju, acrescentando que já sofreu muito com isso, mas hoje tem maturidade suficiente para entender que não dá para agradar todo mundo. 

 Mas o camarote é mais um dos tantos projetos que ela se envolve. O Holding Clube, que ela sócia, possui seis empresas que juntas faturam, em média, R$ 300 milhões por ano. "A minha empresa fez mais de 150 eventos no ano. Toda vez que a gente cria um projeto, é com o desafio de fazer as pessoas felizes. Sou uma construtora e realizadora de sonhos. Tenho uma gratidão imensa por todas as possibilidades que o meu trabalho me proporciona", conta.
 
Ju diz que começou o ano num ritmo completamente alucinante, com muitas pontas para serem amarradas, mas, ao mesmo tempo, sabe que essa vida lhe faz feliz. "Gosto dessa coisa da energia, da muvuca, de falar com pessoas, de ter grandes ideias para materializar, para que a magia aconteça. No camarote N 1 tenho duas funções, uma de sócia do camarote e outra de influenciadora, conto tudo nas redes. No desfile das campeãs tenho orgulho de tudo o que construí. Mas não estou nisso sozinha, tenho sete sócios nesse camarote", diz.

 Depois de muitos anos sem passar o réveillon em Salvador, ela fez o caminho de volta pra casa, pra rever os seus e se reenergizar nas águas da Bahia, na companhia de amigos antigos e até mesmo receber as bênçãos dos orixás. Pra ela, voltar para Salvador foi como o reencontro da menina que saiu da capital baiana com a mulher que se tornou. "Vim fazer exatamente isso aqui. Encontrei com poucos amigos, mas que fazem parte da minha vida, como Pedro Tourinho, que é um amigo de infância, encontrei com Isaac (Edington) no Festival Virada Salvador, visitei Preta, na Ilha dos Frades, passeei muito de lancha, fui ao Soho, ao Pelourinho, no dia do réveillon fiquei com a família, mas também estive com Vik Muniz e Malu Barretto, fui no Gantois a convite de Licia Fabio para tomar um passe de boas energias pra entrar em 2024 protegida... É um voltar pra casa diferente. Sinto Salvador pulsar, vibrar, sinto a magia de Salvador", reflete.
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Esse reencontro com Salvador a deixou muito feliz. Ela considera que foi como uma oportunidade de reconexão com a cidade, de ver a família, mas também de ver a cidade pulsar. "Tudo que eu tenho hoje e o que me tornei foi por conta de Salvador, que é um berço do entretenimento, da cultura, da história do país e isso me levou além. Quando mudei para São Paulo, sonhei muito em ser uma mulher que tivesse voz, que tivesse força, representatividade. Hoje, me orgulho de tudo o que construí, sei da minha responsabilidade de perpetuar o legado, a imagem construída por Zé Victor Oliva, meu sócio", avalia. Ela foi embora neste domingo (7), mas já tem data para voltar. Chega em Salvador no dia 25 de janeiro. Dessa vez, virá participar do Festival de Verão, nos dias 27 e 28 de janeiro, e também da festa de Carnaval do Alô Alô Bahia.

Fotos: Uriel Gusmão, Divulgação e Elias Dantas / Alô Alô Bahia.

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