25 Jul 2023
Baiana cria programa de iniciação científica para estudantes de escolas públicas

Batizado de Iniciativa Logos, em menos de um ano, o projeto já conectou 20 mentores com 30 estudantes e chamou a atenção da organização internacional sem fins lucrativos Ashoka, que busca destacar lideranças sociais no mundo inteiro. Por causa desse reconhecimento, Júlia foi selecionada para a turma de Jovens Transformadores da Ashoka 2023, e foi apresentada como uma jovem transformadora no Festival LED – Luz na Educação, realizado no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, em junho deste ano.
Para Midria Pereira, que coordena a comunidade de Jovens Transformadores da Ashoka no Brasil, foi a capacidade de gerar outros jovens transformadores que chamou a atenção para o projeto da baiana. “O encontro com outras mentes criativas e pessoas comprometidas com o social oferece um senso de pertencimento e apoio mútuo aos jovens”, destaca.
O projeto nasceu a partir da experiência de Júlia como estudante no Colégio Militar de Salvador, diante da dificuldade de encontrar grupos de iniciação científica na instituição, na cidade e até mesmo na Bahia, principalmente de Ciências Sociais, Economia e Política. A melhor oportunidade que ela encontrou para se aprofundar nesses temas foi em um programa de iniciação científica internacional, do qual precisou trabalhar um ano para juntar o dinheiro necessário para participar.
Com a ajuda dos colegas Felipe Pimenta e Maria Dulce, se inspirou nas iniciativas de fora e buscou parcerias para que mais estudantes tivessem a mesma oportunidade, de forma gratuita, principalmente no interior do estado. A Fundação Anísio Teixeira abraçou o projeto e, juntos, a instituição e a Logos passaram a oferecer, em agosto do ano passado, um curso de iniciação científica on-line, em que os participantes recebem aulas semanais e mentoria individual para produzirem um artigo acadêmico com temas voltados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
“Quero que os estudantes encontrem menos barreiras para serem pesquisadores. Também percebi que gosto de uma educação diferente do método tradicional de ensino, que dê ferramentas para pensar o mundo efetivamente. Para mim, a política e a economia são conhecimentos que ensinam sobre o mundo, mas também permitem que você o mude”, declara Júlia.
O curso está no terceiro ciclo e conta com estudantes de diversas partes do país, como Rondônia, Pará, São Paulo e Goiás, além da Bahia.
Texto: Emilly Oliveira/CORREIO. Foto: Marina Silva/CORREIO
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