7 Sep 2021
Baiana cria embalagens plásticas comestíveis para reduzir danos ao meio ambiente

O projeto da inventora nascida em Feira de Santana começou há dois anos, mas o seu interesse por essas “coisas da natureza” vem de antes. “Desde criança, sempre gostei de roça e, quando virei mãe, vi a necessidade de reduzir esses materiais no meio ambiente. Em 2014, fiz gestão ambiental e com os avanços da tecnologia sobre as novas embalagens feitas de várias plantas, resolvi estudar o assunto e veio a ideia de fazer uma produção com as pancs”, disse, explicando que as pancs, ou plantas não convencionais, são utilizadas para fazer embalagens de plástico descartáveis e plásticos filmes.
A dedicação aos estudos ganhou força após o surgimento de novas embalagens sustentáveis. “O custo da produção ainda é muito alto. Então a minha ideia é que seja um produto mais barato. Além disso, a outra motivação que tive foi quando comecei a prestar serviços em uma cooperativa de resíduos sólidos. Percebi que um dos grandes problemas do mundo são os plásticos, porém ele não chega a ser o grande vilão, mas sim o modo como é descartado”, destacou.
Entusiasmada com o projeto, Kat acredita que há pouco investimento nessa área e que as grandes empresas acabam não olhando muito para esse tipo de invenção. Segundo ela, o diferencial de todas as outras invenções já existentes no mercado é que, por ser feito de plantas não convencionais, os plásticos podem ser comestíveis e até mesmo impermeáveis. “Ele se degrada em pouco tempo e, como é feito de maneira caseira, costumo não usar muita água para produzir”, disse.
O projeto de Kat chegou a vencer dois editais ligados às áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação. A ideia dela, que trabalha como autônoma, é avançar na pesquisa com o apoio de empresas parceiras do meio ambiente.
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