Bahia terá ronda policial para combater a intolerância religiosa; saiba mais

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A Bahia terá uma ronda policial para combater a intolerância religiosa e atender as demandas de vítimas desse tipo de crime. A novidade foi anunciada pelo governador Jerônimo Rodrigues na sexta-feira (19). O anúncio faz menção ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado neste sábado (20). Batizada de Ronda Omnira de Proteção à Liberdade Religiosa, o efetivo é inédito no país. 
 
Duas novas viaturas da polícia militar foram destacadas para o patrulhamento. Segundo ele, a medida atende às necessidades da população baiana. “A gente já vem dialogando com os movimentos inter-religiosos, e a pauta deles é muito justa. Entre as reivindicações, entregamos hoje essa ronda, que vai trabalhar contra qualquer tipo de intolerância religiosa, que é crime. É um projeto inovador, que só tem na Bahia. Outro passo que estamos estudando é a criação de uma delegacia especializada, que também é uma demanda deles", afirmou o governador.

Omnira é uma expressão em yorubá para "liberdade" e é uma iniciativa do Grupo de Trabalho Permanente pela Igualdade Racial do Departamento de Promoção Social da Polícia Militar da Bahia (PM-BA). O serviço administrativo e operacional é especializado na condução das ocorrências delituosas ligadas aos terreiros de matriz africana na capital baiana. A operação será conduzida pelo Departamento de Promoção Social (DPS) da PM-BA que, através do Grupo de Trabalho Permanente pela Igualdade Racial (GTPIR), promoverá rondas circunscritas. Um efetivo de 22 homens e mulheres da Polícia Militar da Bahia atuarão em espaços de sacralidade de matriz africana e em questões ligadas à intolerância religiosa e ao racismo estrutural. 
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“Vamos fazer o papel constitucional da Polícia Militar, de levar segurança, independente de credo em qualquer religião. Será um trabalho ecumênico, que começa idealizado em virtude dos problemas com o povo-de-santo que aconteceram em nosso estado”, explicou o comandate da PM baiana, coronel Paulo Coutinho. Segundo ele, com as tropas capacitadas, será iniciado esse trabalho, com o objetivo de atuar como força mediadora.

Em 2023, o Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, um dos equipamentos para denúncias desse tipo de crime, localizado na capital baiana, registrou 33 ocorrências de atitudes ofensivas, discriminatórias e de desrespeito a práticas e crenças religiosas na Bahia.

*Publicado por Matheus Simoni | Foto: Matheus Landim/GOVBA

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