Após ministro admitir distorção em critérios de distribuição, Bahia deve ter vacinas a mais

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Após a reclamação de autoridades baianas sobre os critérios de distribuição de doses de vacinas por parte do Ministério da Saúde, o ministro Marcelo Queiroga comentou a situação e admitiu a possibilidade de mudanças nos critérios atuais de distribuição para os estados. 

Atualmente, isso não leva em conta dados demográficos, o que faz com que a Bahia, por exemplo, receba menos doses do que estados de menor população. As informações são do jornal Correio.

O ministro participou de uma audiência da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara nesta quarta-feira (14) e foi questionado pelo deputado federal baiano Jorge Solla (PT-BA), ex-secretário da Saúde da Bahia, em relação à distribuição das doses. 

“Temos estados que receberam doses para vacinar entre 51% e 53% da população, e no outro extremo estados que já são 82,2% e até mesmo 101% da população. A Bahia recebeu para 62,2%”, disse o parlamentar.
 
Queiroga afirmou que os critérios atuais não têm levado em conta os índices demográficos e sim dados dos grupos prioritários. Ele destacou que isso pode ser revisto na Comissão Intergestores Tripartites (CIT) que conta com representantes da União, estados e municípios. A próxima reunião, que pode alterar esses critérios, está prevista para o dia 29 de julho.
 
"Como já que descemos dos grupos prioritários, que já receberam ao menos uma dose, já se discute para que se reveja esses critérios adotando só as questões da demografia dos estados, sem considerar os fatores de risco, porque já foram contempladas. E assim se tenha uma distribuição mais adequada dessas doses", adiantou Queiroga, que lembrou que as regras atuais foram pactuadas na comissão.

O governador Rui Costa e o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, também pediram revisão nos critérios.

Leo Prates pede compensação
Outro que ‘chorou’ umas doses a mais foi o secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates, comentou a fala do ministro, a qual considerou um passo importante. 

Ele disse esperar que o ministério articule uma estratégia para compensar as doses que deixaram de ser repassadas para Bahia. Para o titular da SMS, a correção desse déficit é fundamental para acelerar o processo de imunização da capital e demais municípios baianos.

“O reconhecimento por parte do ministro da saúde foi um primeiro passo importante. Vamos cobrar o Ministério para que Salvador receba as doses que deixaram de ser enviadas, e estão travando a evolução da imunização da nossa população, espero que o Governo Federal compreenda a importância de reparar esse erro com urgência”, disse. Veja abaixo.
 

Foto: Betto Jr/SecomPMS. Siga a gente no Instagram @sitealoalobahia e no Twitter @aloalo_bahia.

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