Aumento da temperatura faz consumo de energia em setembro ser o maior dos últimos meses

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O consumo de energia no país em setembro será o maior dos últimos meses. A elevação das temperaturas médias, fenômeno registrado nas principais cidades brasileiras, é um dos motivos apontados para esse comportamento, segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), órgão que coordena e controla a geração e transmissão de energia elétrica em todo o Brasil.

De acordo com o boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) referente a 23 e 29 de setembro, a expansão na demanda de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) será de 5,8% (75.234 MWmed). "Nos submercados, a aceleração mais expressiva é do Norte, com 10,6% (7.707 MWmed), situação também relacionada à retomada de atividades de consumidor livre da região. O Sudeste/Centro-Oeste deve registrar avanço de 6,1% (42.756 MWmed), seguido pelo Nordeste, com 4,2% (12.350 MWmed), e pelo Sul, com 3,8% (12.421 MWmed)", destaca o documento. Os percentuais comparam os resultados para o final de setembro de 2023, ante o mesmo período do ano passado. 

“A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e também de uma economia mais aquecida. Em termos de operação e atendimento da demanda seguimos preparados para atender a sociedade brasileira. O sistema é robusto, seguro e o cenário é favorável”, afirma Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS. 

Primavera

A estimativa é que as temperaturas continuem altas com a chegada da primavera neste sábado (23). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os próximos meses serão de calor, inclusive na Bahia. “No início, podem chegar até 40° graus na região oeste e no vale do São Francisco, município baiano. No leste do Estado, incluindo Salvador, tendem a ir se elevando no decorrer da estação, porém ainda não é o período mais quente. Esse ocorrerá no verão”, informa o instituto.

El Ninõ e aquecimento global

De acordo com o Inmet, o inverno de 2023 foi um dos mais quentes desde 1961. O aquecimento foi impulsionado pela presença de massas intensas de ar quente e seco, com temperaturas acima de 30ºC em grande parte do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nestas regiões, foram observados mais de 70 dias de calor intenso durante a estação. 

Além das altas temperaturas, a estação foi marcada por eventos de onda de calor em grande parte do País, especialmente nos meses de agosto e setembro. As temperaturas máximas chegaram a ultrapassar 40°C em alguns municípios do centro-norte do Brasil. "Este cenário pode ser resultado dos primeiros reflexos do fenômeno El Niño em pleno inverno, aliados aos efeitos do aquecimento global", disse o órgão. 

Como exemplo, estão as cidades de Cuiabá (MT) e São Paulo (SP), que tiveram o inverno mais quente dos últimos 63 anos. "Desta forma, é possível dizer que recordes e mudanças no padrão climático serão cada vez mais frequentes em diversas partes do País", destacou o órgão.


Por Gabriela Cruz. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

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