16 Apr 2023
Atleta fica 500 dias isolada em caverna; experiência será tema de documentário

"Estou há um ano e meio sem falar com ninguém, só comigo mesma", disse aos jornalistas, ao sair do local com a ajuda de espeleólogos, especialistas em conservação e preservação das cavernas.
Ao longo dos dias em que permaneceu 70 metros abaixo do solo, Beatriz precisou sair apenas uma vez, após os primeiros 300 dias, para resolver uma falha no roteador que lhe garantia o mínimo de contato exterior, para enviar mensagens em caso de emergência. Para que a experiência não fosse atrapalhada, enquanto a falha era corrigida, a atleta foi mantida isolada em uma barraca por cerca de uma semana antes de retornar à caverna.
No período em que ficou isolada, Flamini contou com livros, luz artificial e câmeras para gravar a experiência. Ela não tinha telefone nem instrumentos para controlar o tempo, mas contou com apoio de uma equipe técnica que levava sua comida até um ponto específico da caverna, sem ter contato com ela.
"Desafios deste tipo já aconteceram muitos, mas nenhum com todas as premissas deste: sozinha e em total isolamento, sem contato com o exterior, sem luz (natural), sem referências de tempo", disse David Reyes, da Federação Andaluz de Espeleologia, que coordenou a segurança de Flamini.
O que ela viveu no local será tema de um documentário, que tem como um dos objetivos registrar a repercussão mental e física de um isolamento deste nível.
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Foto: Dokumalia Producciones/Divulgação via REUTERS.