Astrônomos descobrem objeto mais luminoso do Universo

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Astrônomos identificaram o quasar mais brilhante já observado, que é trilhões de vezes mais luminoso que o Sol. O quasar J0529-4351 está localizado a 12 bilhões de anos-luz da Terra e foi identificado utilizando o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO). 

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Em artigo publicado nesta segunda-feira (19) na revista Nature Astronomy, os especialistas dizem que esse é o quasar mais brilhante do qual se tem registro e, além disso, o objeto mais luminoso já identificado no Universo.

Atualmente, a comunidade científica conhece cerca de 1 milhão de quasares. Esse é o termo utilizado para se referir ao núcleo brilhante de galáxias distantes que é alimentado por buracos negros supermassivos.

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O buraco negro desse quasar recordista está crescendo em massa equivalente a um Sol por dia, tornando-o no buraco negro de crescimento mais rápido até o momento.

Inclusive, é por causa dos buracos negros que os quasares são tão brilhantes. Eles coletam matéria dos arredores e, nesse processo, emitem uma grande quantidade de luz. 

“Nós descobrimos o buraco negro de crescimento mais rápido já visto até hoje. Ele tem uma massa de 17 bilhões de sóis, e consome pouco mais de um Sol por dia”, afirma Christian Wolf, autor principal do estudo, em comunicado. “Isso o torna o objeto mais luminoso conhecido no Universo.”

Os pesquisadores estimam que o quasar J0529-4351 seja mais de 500 trilhões de vezes mais luminoso que o Sol. Isso acontece devido à quantidade de matéria sendo puxada na direção do buraco negro em formato de disco.

“Toda essa luz vem de um disco de acreção quente que tem 7 anos-luz de diâmetro – esse deve ser o maior disco de acreção do Universo”, comenta Samuel Lai, coautor do artigo. Sete anos-luz corresponde a aproximadamente 15 mil vezes a distância entre o Sol e a órbita de Netuno.

O quasar J0529-4351 já havia aparecido em imagens de 1980. No entanto, em função do brilho excepcional, ele não foi identificado como quasar na época. Essa descoberta ocorreu apenas em 2023, com o auxílio do telescópio da Universidade Nacional da Austrália e do Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO).

A expectativa é de que os novos achados contribuam para solucionar alguns “mistérios” do Universo, incluindo a formação e a evolução de buracos negros e as galáxias que os hospedam.


* Publicado por N.R. Com informações de CNN e Revista Galileu. Fotos: M. Kornmesser/ESO e ESO/Digitized Sky Survey 2/Dark Energy Survey.

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