Arte negra e indígena: Museu Afro-Brasileiro recebe exposição com obras criadas por alunos da escola Maria Felipa

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Com o objetivo de apresentar a arte a partir de uma perspectiva afro-referenciada, a Escola Maria Felipa realiza neste sábado (06), a partir das 15h, a abertura da exposição da Semana da Arte Negra e Indígena, realizada em abril na instituição de ensino e que resultou em obras artísticas criadas pelos estudantes. A mostra seguirá em cartaz até o dia 06 de junho, no Museu Afro Brasileiro, espaço fundado há 41 anos, no Pelourinho, que possui um acervo de mais de 1.100 peças de cultura material africana e afro-brasileira.

Maju Passos, sócia gestora da Escola Maria Felipa, destaca que a exposição celebra a arte negra e indígena e reivindica a Semana de Arte Moderna: “Apesar do intuito revolucionário da Semana de Arte Moderna, em 1922, que questionou as ideias eurocêntricas de arte na época, foi um movimento protagonizado por uma elite branca, os e as artistas negras não estavam ali. A Semana de Arte Negra e Indígena vem como uma iniciativa para provocar esse questionamento”.

No lançamento, o público poderá conferir performances artísticas e a exibição de um produto audiovisual feito pela artista visual Aline Brune, que reúne imagens de todo o processo de criação das obras feitas pelas crianças durante a Semana de Arte Negra e Indígena da escola. No evento de abertura, os ingressos custam R$10 (valor único) e crianças até 12 anos não pagam. Nos dias seguintes, até o encerramento, a entrada custará R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada).

No catálogo, há objetos de argila ilustrados a partir da técnica do grafismo, que pauta a arte sob a perspectiva dos povos originários ameríndios; instrumentos musicais construídos a partir da manipulação de materiais recicláveis; além de um painel com o título Centralidade Basquiat, criado pelas crianças a partir da presença das artes e pichações nos muros por onde passam no seu cotidiano, analisando sob a perspectiva de Jean-Michel Basquiat e a relevância mundial do Grafite enquanto uma arte preta de rua e sua potencialidade muitas vezes silenciada.

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Foto: Patricia Martins

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